Início Colunas Extracampo Discrição de Ivã é simbolo de gestão descentralizada no Vitória

Discrição de Ivã é simbolo de gestão descentralizada no Vitória

Presidente eleito pouco apareceu neste início de mandato

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Foto: Marcello Góis / Arena Rubro-Negra

Passadas as eleições que elegeram a chapa Vitória do Torcedor para o triênio 2017-2019 no Esporte Clube Vitória, o nome do presidente Ivã de Almeida praticamente desapareceu das manchetes de imprensa e publicações de torcedores em redes sociais.

Um dos motivos para esse “esquecimento” é o período de contratações e montagem de elenco, que põe em evidência os principais envolvidos nas negociações, com destaque, nesse caso, para o diretor de futebol Sinval Vieira.

Mas a discrição do presidente influencia nessa conta. Bastante criticado durante a campanha, o vitorioso Ivã não demonstra interesse em notoriedade. Pelo contrário, permite que seus diretores realizem seus trabalhos com liberdade e independência.

Calma, isso não quer dizer que o mandatário “lavou as mãos” para o clube. Quem acompanha o dia a dia dos corredores da Toca do Leão garante que a presença de Ivã é constante e sua postura é participativa.

Nota-se que o presidente delegou funções e acompanha tudo de perto. Atestam que ele participa de todas as reuniões das diretorias e conselhos, opina, sugere, concorda, discorda, mas não impõe preferências. Vê-se concretizando a tal descentralização de poder, uma das bandeiras do grupo durante a campanha.

“A gestão de Ivã, embora esteja apenas no começo, já é um exemplo para qualquer empresa”, diz-me, informalmente, um de seus comandados – que se revolta, inclusive, quando o chamo por este apelido. “Aqui temos lideranças, não comandantes. Me sinto à vontade para trabalhar. A era dos coronéis acabou”, alfineta.

E assim, trabalhando nos bastidores, Ivã vai iniciando o seu legado com a maior avaliação positiva de contratação de elenco dos últimos anos. Aparece ao lado dos atletas em suas apresentações, mas fala pouco. Talvez seja estratégia. Por prometer muito a gestão Viana/Matos decepcionou – mesmo deixando resultados positivos.

Mas, como já foi dito, ainda é o começo, não há base (e nem necessidade) para a emissão de diplomas de gestão. Até porque, em alguns setores as críticas continuam pesadas. Mas pelo andar da carruagem, eficácia parece ser uma questão de tempo. Ou melhor, uma questão de 90 minutos e bola na rede. Resta torcer.


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