Início Colunas O Corneteiro Artilheiros do Brasil: por que não dão certo no Vitória?

Artilheiros do Brasil: por que não dão certo no Vitória?

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Quem aqui nunca jogou a Master League (seja ele no PES, FIFA ou no saudoso Winning Eleven) ou um simulador (Brasfoot, Championship of Manager, Football Manager), via na classificação de artilharia aquele cara que todo jogo fazia gol, contratava ele esperando resolver todos os seus problemas do ataque e, no final das contas, vê que foi dinheiro perdido e muita decepção ganha?

Pois é, quem vem passando por isso é o Vitória ultimamente. Bastou o cara fazer muitos gols, o Vitória corre atrás, não importa em qual campeonato seja ou divisão (se bem que só vai buscar em divisões inferiores). Foi assim com Lúcio Maranhão, Giancarlo e agora com Robert.

O primeiro citado, Lucielmo Palhano Soares (Lúcio Maranhão), veio do ASA de Arapiraca por empréstimo (na época, um valor de 300 mil reais) por um ano, ainda no final de 2012 (ano em que subimos para a Série A). Ainda no ano de 2012, o atacante tinha marcado 40 gols, sendo o terceiro artilheiro do Brasil na época. O então presidente Alexi Portela Jr. ao lado de seu vice Carlos Falcão apostaram no atacante e no seu faro de gol. A aposta era pra ser até novembro de 2013, mas só durou até maio. Caio Júnior, treinador do Vitória na ocasião, deu algumas oportunidades ao jogador durante o Baiano e Nordestão e não o agradou, nem a grande parte da torcida rubro-negra. Só foi voltar ao ASA, que os gols voltaram.

Não satisfeito, os mandatários do Vitória foram logo atrás de outro artilheiro do Brasil: o grandalhão de 1,95m, Giancarlo Lopes Rodrigues, que veio do Ferroviário do Ceará. Giancarlo em 2013 tinha marcado 19 gols e era o artilheiro nacional no momento, até chegar ao Vitória. Em abril desembarcou na toca, viu um time já se entrosando, a dificuldade em conseguir vaga era grande. Caio Júnior deu algumas chances em finais de jogo e finalmente em uma partida entrou de titular. O “Slenderman” não agradou a ninguém, quase não pegava na bola e em agosto daquele mesmo ano, teve seu contrato rescindido. Foi para o Treze da Paraíba e, olha, fez gols.

Então o que acontece com os artilheiros do Brasil que quando chegam, param de fazer gols?

Acontece que muitas contratações no Vitória são feitas de forma aleatória. Como assim: preciso de um atacante, vou buscar o artilheiro do Brasil, mas não qualquer um. Vamos pegar um baratinho. Muitos dizem que vão “olheiros” observar por alguns dias e aprovam. Só que, times como ASA e Ferroviário, depositam as fichas nestes atacantes, as formações táticas são feitas em cima de jogadas que beneficiem o seu atacante. Então, quando ele chega em outro time, até se adaptar a nova tática (que não beneficia ele), sem falar na pressão de joga num time do calibre do Vitória, numa Série A (na época). Nesse caso, não estou levando em consideração as forças misteriosas como “zica” e “má fase”.

E agora temos o mais recente: Robert. Um daqueles “andarilhos” pelo futebol, que já jogou pelo rival. Esse ano estava no Sampaio Corrêa e atravessava uma ótima fase, sendo o artilheiro do Brasil. Seguindo a velha receita da diretoria passada, a atual fez a cabeça do jogador, ele rescindiu e veio para cá. Resultado: o mesmo dos anteriores, chegou com a fama e nada de gol. Aliás, em sua primeira partida, fez um belo gol, contra o rival, depois daí fez algumas partidas (enquanto Élton estava contundido) e só saiu mais um gol e nada mais. Perdeu oportunidades incríveis e hoje amarga o banco, ao lado da jovem promessa Rafaelson.

Então, o que o Vitória deve fazer? Qual a receita? Bom, se não fizer o que falei anteriormente, que ao menos tenha um pouco mais de critério na contratação, sempre com auxílio do treinador para ver qual jogador terá mais adaptabilidade na formação tática vigente.

Ou, fazer o mesmo que Neto Baiano, que se tornou artilheiro do Brasil em 2012. Talvez o efeito (e feito) “Neto Brocador” tenha “confundido” os dirigentes: o artilheiro pronto não precisa ser de fora, podemos criar um artilheiro na Toca, ou somente lapidar.


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3 COMMENTS

  1. A verdade é que o Vitória aposta em atacantes que não estão acostumados a jogarem num clube grande mas que infelizmente não ganhou um título nacional, ou mesmo um internacional com a Sulamericana que times de médio porte como Goiás e Ponte Preta quase venceram, chegando a à final, há alguns poucos anos atrás. E a Copa do Brasil: porque não investir numa campanha para aumentar o quadro de sócios com contratações que nos dê esperança de voltar à disputar a final da Copa do Brasil como em 2010? Criciúma, Juventude, Santo André e Paulista de Jundiaí já venceram ela e por que não o Vitória? Neto Baiano foi artilheiro no Sport porque eles já têm 3 títulos nacionais: mais até que nosso rival.Os rubro-negros pernambucanos foram campeões da Copa do Brasil 2008, do Módulo Amarelo da Copa União de 87 e da Série B de 90.E teve cronistas baianos dizendo que a Série B não valia estrela na camisa,! E porque o Sport colocou a prateada da segundona de 90 no meio da de 87 e da Copa do Brasil de 2008? Muitos outros clubes colocaram uma estrela(ainda que da cor prateada como o Sport fez em relação à conquista da Série B) por terem conquista a Segunda Divisão do Brasileirão. Então para mim: começou a caça ao Botafogo, pois ser Campeão da Série B neste ano a se lamentar: virou obrigação!