Início Colunas O Corneteiro Série “A melhor base do Brasil” parte 1: o comandante da base

Série “A melhor base do Brasil” parte 1: o comandante da base

A série, dividida em quatro partes, trará para discussão os motivos de jovens talentos vindos de uma base tão vitoriosa não vingarem no profissional

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Foto: divulgação EC Vitória

O Vitória esse ano lançou a Fábrica de Talentos, uma marca criada para enaltecer as divisões de base do clube o que, para todos, não é nenhuma novidade. Afinal, em todas as categorias infanto-juvenis, o clube é vitorioso com títulos e mais títulos e o time sub-20 desse ano, comandados por Nickson e Rafaelson, estão disputando mais uma final, o Campeonato Brasileiro Sub-20.

Mas se temos uma base tão vitoriosa, sempre revelando bons nomes, por que quando vão ao time principal não vingam? O que acontece com as jovens promessas? Será que a impaciência da torcida influencia? Falta de planejamento e projeto para saber lançar as jovens promessas?

Vamos começar uma série de jogadores que tinham tudo para despontar no time principal do Vitória e se tornarem grandes jogadores do futebol brasileiro. E para isso, tomarei como base uma das gerações mais vitoriosas e que trouxeram grandes promessas: o Vitória campeão da Copa do Brasil Sub-20 de 2012. Nomes como Arthur Maia, Gabriel Soares, Edson Magal, Agdon, Wille e tantos outros.

Para começar, vamos pelo comandante daquele time: Carlos Amadeu. O técnico era a identidade marcada das divisões de base do Vitória, com muitos torcedores chegando a pedir que “subisse” para o profissional, tamanho era seu vasto currículo de títulos com os jovens. Amadeu se consagrou com o título do sub-20, ganhando notoriedade pelo país e, em 2014 finalmente, subiu ao time principal, mas como auxiliar técnico e, após a demissão de Ney Franco, assumiu interinamente o clube durante o Campeonato Brasileiro. Continuou como auxiliar e “interino” algumas vezes. A última vez que comandou o clube foi em 2015, após a demissão de Ricardo Drubscky, ficando interinamente até a chegada de Claudinei Oliveira.

Por onde anda hoje? Carlos Amadeu continuou como auxiliar técnico do Vitória em 2015, até ser convidado pela CBF para comandar a Seleção Sub-17, devido à sua experiência com jovens e divisões de base. Atualmente treina o time mirando a Copa do Mundo Sub-17 que será realizada em outubro no Chile.


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2 COMMENTS

  1. O problema é a filosofia por trás do nome da marca: Fábrica de Talentos. Parece, e acho que é a ideia mesmo, que o clube cria jogador para comércio, vender o talento. Esse parece se o principal objetivo do Vitória com relação a sua base. Quando na verdade deveria ter uma filosofia de cultivar um jogar na casa pensando no seu desenvolvimento em prol ao clube, de futuramente se tornar um jogador do clube, trazer conquistas para o clube, e não simplesmente ganhar dinheiro com o jogador. Dinheiro é importante no futebol hoje, mas títulos e resultados ainda são mais, pensando no clube, na sua torcida. Querem colocar os destaques e promessas em times armengados e ruins no profissional, formados por jogadores em final de carreira e outros meia boca de segunda categoria que só está no Vitória por que nenhum outro time (com mais grana) quer. Montamos times ruins mesmo, que mesmo líder da serie B consegue fazer um jogo ridículo contra um nada no futebol, o Oeste. Você coloca uma promessa, com todo aquele talento, que na base se revela por que joga com outros talentos emergentes também, para jogar em um time desses que nós montamos entre ano saí ano, e querem que o cara consiga mostrar seu futebol? Ninguém de qualidade conseguiria jogar bem, por que futebol é esporte coletivo. Bote Neymar no time do Vitória, e a equipe cairia para qualquer clube grande da serie A hoje do mesmo jeito. Ele consegue jogar no Barcelona, e olhe lá, por que um timaço jogando com e para ele. O que o Vitória tinha que fazer é tentar subir a equipe de modo geral do juniores para compor a base do elenco do time profissional, com alguns jogadores mais experientes e supram posições que possam carecer. Aí sim, vc monta um time aproveitando sua base, aproveitando todo o desenvolvimento e entrosamento de um equipe, que seria o Vitória de verdade; e não essa miscelânea de jogadores ruins e sem vinculo nenhum com o clube que vemos no time profissional.