Apesar de ter sido criado em 1951, o 4-2-4 foi utilizado em algumas equipes no Campeonato Brasileiro em 2015. Separei dois exemplos para a realidade do rubro-negro.
O primeiro exemplo foi utilizado por Mancini no esquema do Vitória. Em um clássico contra o Corinthians, o técnico Oswaldo Oliveira apresentou o time sem uma referência ofensiva.
Rafael Marques, centroavante do time em outros jogos, foi deslocado para esquerda e tinha a função de entrar na diagonal. Do lado oposto, Dudu fazendo a mesma função. Por dentro da linha 4 avantes, Valdivia e Robinho.
O chileno participava da armação, mas se projetava como um falso nove, enquanto Robinho era o armador. Sem a bola, o Palmeiras iniciava a marcação nos volantes corintianos para dificultar a saída de bola desenhando um 4-2-4 com os setores compactados em 30 metros.
Mancini trouxe esse sistema para o Vitória. Contra o Tianjin, Gabriel atuou na esquerda e Vander na direita para entrar na diagonal. Maia e Real por dentro. O camisa 10 somente articulava e Real se projetava como um falso nove.
É possível pensar nesse sistema de jogo para o Brasileiro e com um centroavante com mobilidade e inteligência suficiente para tal. O Sport de Eduardo Baptista foi um exemplo disso.
O time leonino jogava, principalmente fora de casa, no 4-2-4. Com Marlone pela esquerda e Elber pela direita. Por dentro, Diego Souza e André. Enquanto o camisa 87 recuava para criar, o camisa 90 entrava na área.
O time jogava compactado e marcando a saída de bola dos volantes adversários. Após a bola ser roubada, a transição era veloz. Conforme o time era atacado, as linhas iam recuando e o sistema ia se moldando em 4-4-2.
Tudo vai depender a diretoria contratar peças que se adequam ao sistema e de Mancini ter tempo para trabalhar.
