A realidade do Campeonato Brasileiro chegou cedo no Barradão. Juntando a fase ruim de algumas peças, a falta de força mental do time, a falta de ajuste tático e uma eficiência absurda do Santa Cruz, o Vitória foi derrotado de forma vexatória.
O Santa Cruz de Milton Mendes merece um paragrafo. Mendes recebeu um time irregular e transformou um time vencedor e com uma proposta de jogo bem definida. Reativo, marcando forte para acionar Keno e Arthur em velocidade. Grafite é o cara responsável por definir as jogadas.
Mancini tenta definir uma proposta de jogo para o Vitória. Contra o time pernambucano, optou pela entrada de Real ao invés de dois pontas de velocidade. Ao invés do jogo em velocidade, mais posse de bola e maior marcação do lado esquerdo do gramado, ocupado pelo perigoso Keno.
Até os 30 minutos, o Vitória fazia um bom jogo. Tinha mais volume de jogo e já havia perdido duas boas chances com Kieza e Leandro Domingues, porém uma cochilada do sistema defensivo e a eficiência do time de Mendes entrou em ação: Bola em Grafite, que driblou os dois defensores e marcou um belo gol.
A partir daí, o Vitória se perdeu em campo. Faltou equilíbrio mental para se manter no jogo. O time passou a errar passes e sofrer com as investidas do Santa. O segundo pernambucano surgiu em uma mais uma falha do sistema defensivo: lançamento para área e Grafite se projetou entre Ramon e Diego Renan para marcar de cabeça.
No segundo tempo, Mancini mudou a proposta de jogo. Sacou Leandro Domingues e Vander para as entradas de William Henrique e David. Real saiu da ponta direita para a faixa central. Manter a posse de bola e procurar a velocidade dos pontas, mas o time manteve o volume, mas pouco incomodou.
Kieza diminuiu após Thiago Cardoso bater roupa. O terceiro gol foi uma mostra do quão frágil é o sistema defensivo do Vitória. Keno apostou velocidade pela esquerda e atraiu José Welison e Victor Ramos. Na área, Ramon era o responsável pela marcação de dois jogadores do Santa Cruz. Amaral e Marcelo observavam fora da área.
Após o cruzamento, Ramon escorregou. Diego saiu da marcação dele e evitou uma finalização, mas a bola sobrou para Fernando Gabriel marcar. O camisa 10 do Santa era marcado por Renan. Amaral observava de longe.
O quarto gol foi consequência de um time fraco psicologicamente que sentiu demais uma estreia na série A e não teve força para reverter. Keno, o melhor em campo, foi lançado e derrubado por José Welison. Ele mesmo bateu e converteu o pênalti.
O Santa Cruz não teve a posse de bola e finalizou menos, mas foi mais eficiente nas conclusões.
O time do Vitória passa por um momento ruim na temporada. Alguns jogadores chaves como Victor Ramos, Ramon e Leandro Domingues vem em queda nos últimos jogos. Sem sombras, Diego Renan e Kieza estão na zona de conforto.
O primeiro jogo mostrou o que será a Série A. Jogos em alto nível e concentração máxima. Contratar reforços e não refugos é necessário para permanecer na primeira.
VC disse que o santa cruz finalizou menos, mas não vi o goleiro deles trabalhar. cercamos bastante no segundo tempo. no primeiro tempo as finalizações foram muito pontais. se não fosse o nosso gol teria acabado 2×0 mesmo.
Finalizamos mais (10 finalizações), porém erramos mais. Das 10, só acertamos duas. O Santa finalizou 7 vezes e acertou 5. Daí é o motivo da eficiência.
Nunca fui fã de Victor Ramos, porém ele e Ramon jogou mal essa partida. Porém os dois bavis (principalmente o último) e contra a Lusa, nossa zaga jogou muito bem. Leandro Domingues esse sim, foi um erro ter renovado pois apagadíssimo nos dois bavis, mostrou que não tem mais condições de Série A. E agora depois de contrato renovado será o velho Leandro Dormindo de antes de 2006.
Leandro nunca foi a primeira opção para a posição. Foi uma contratação pontual. A ideia era/é trazer um meia com mais qualidade e Domingues ser opção. A renovação foi pedida por Mancini por conhecer o atleta e ter feito duas boas partidas. Quanto a zaga, é uma fase ruim dos dois, para o bem do Vitória, que eles se recuperem logo