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Vitória 3 x 2 CAP: Endiabrado, Marinho dá uma nova vida ao lutador Vitória

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A pressão no Barradão era enorme. Qualquer outro resultado que não fosse a vitória, poderia determinar o rebaixamento do Vitória. Mas qual outro resultado, senão a vitória, seria possível com Marinho em campo?

Argel tentou uma solução audaciosa: Flávio como meia. É sintomático: qualquer volante da base com um passe melhor, baixo poder de marcação e vocação ofensiva vira meia no Vitória. Assim aconteceu com Mineiro e Mauri, e agora é Flávio. Além de armar, o camisa 15 teve a responsabilidade de marcar Otávio, o volante que inicia a construção das jogadas.

O Vitória começou intenso. Na velocidade de Marinho e no ritmo do Barradão. O atacante abriu o marcador aos 4 minutos. Aliviou a pressão, mas recuou e deu a bola ao CAP.

O time paranaense passou a tocar a bola e acelerar perto do gol. A marcação do Vitória era frágil e não encontrava os pontas do Atlético. Num erro clássico de marcação individual, Kanu saiu para pressionar Lucho, Diego Renan não sabia se fechar o passe ou colava Lucas Fernandes. Deixou o camisa 77 livre. Victor Ramos foi obrigado a marcar Lucas e deixou Pablo livre para fazer o gol.

O empate destruiu o psicológico do time já abalado. Love perdeu um gol feito. Lucho foi esperto, roubou a bola de Euller e Pablo virou. Virou o placar e o ambiente no Barradão. Vaias para o camisa 16 e Argel tentou consertar o erro de colocar Flávio.

Flávio sumiu no jogo. Sentiu a responsabilidade de jogar fora de posição e com o Barradão nas costas. Por pior que esteja, Cardenas é da posição. Entende do riscado.

No segundo tempo, o Vitória foi no coração e no ritmo de Marinho. Ele tentou uma, duas, três vezes. E foi ele que deu o passe para David concluir. A base, sempre ela, decidiu quando os medalhões sumiram.

Marinho provou que voltou voando e marcou o terceiro. Um golaço com direito de colocar o experiente Paulo André de bunda no chão.

Se o Vitória tem alguma chance de se salvar, Marinho é a tábua. O Barradão mostrou que tá mais que vive. É um trintão com alma de criança. Ele vibra, sofre e ama a torcida.

VIDA LONGA AO BARRADÃO!


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