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Ney voltou a ser Ney: Vitória vence mais uma no Barradão

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Ney Franco voltou ao Vitória desacreditado. Vinha de um péssimo trabalho no Flamengo e de um começo do ano regular no Vitória. Uma das principais características do técnico no ano passado, era a ousadia para mudar o panorama do jogo através de alterações, geralmente ofensiva. No seu retorno ao Barradão, Franco ainda não tinha decidido as partidas em favor do Leão e finalmente aconteceu contra o Fluminense.

O primeiro tempo do Vitória foi longe do ideal. Frágil na marcação e com deficiência para criar, o rubro-negro viu o Fluminense dominar completamente a primeira etapa e abrir vantagem após um centro de Conca pelo lado esquerdo e a entrada de Cícero como elemento surpresa. Aliás, o lado esquerdo foi o mais fraco do Leão, mesmo com a dupla Richarlyson-Juan.

Ocorre que Ney Franco sabendo a força ofensiva do Flu pelo setor direito do ataque, colocou Richarlyson, como lateral, para marcar Cícero e Juan para encaixar a marcação em Bruno, mas o camisa 6 do rubro-negro não fez a sua função e sobrecarregava o camisa 20. Pressionado no campo defensivo, o Vitória não conseguia sair do campo defensivo com qualidade e só levou perigo em duas ocasiões na primeira etapa: um contra-ataque puxado por Juan, que Dinei dividiu com Cavalieri e por pouco, não marcou e uma finalização da entrada da área de Cáceres. Definitivamente, o 4-2-3-1/4-4-1-1 de Ney não funcionou.

No primeiro tempo, Juan na meia não surtiu efeito
No primeiro tempo, Juan na meia não surtiu efeito

Pressionado pelas arquibancadas do Barradão e pelo resultado, Ney Franco resolveu decidir o jogo. Sacou José Welison, que pouco fazia em campo, e colocou o seu antigo amuleto: William Henrique. A mudança acordou o Vitória, que subiu as linhas e iniciou uma pressão sobre o Flu. Além da entrada de “Pica-Pau”, Franco devolveu Juan a lateral e Richarlyson para o meio. A formação tática passou a ser 4-4-1-1/4-4-2 ofensivo.

A melhora ofensiva do Vitória resultou em gols. O primeiro com Dinei após cobrança de escanteio, o segundo com William Henrique depois de um belo cruzamento de Cáceres. O último em um contra-ataque bem executado por Vinicius. Apesar do bom segundo tempo, os erros de passes resultaram em chances reais de gols para o time carioca, mas Gatito Fernández salvou o rubro-negro.

No segundo tempo, 3 atacantes e 3 gols
No segundo tempo, 3 atacantes e 3 gols

Mesmo vencendo, o Vitória não deixou a lanterna, mas reduziu a diferença para a saída do Z4 para dois pontos, o que torna o BaVi importantíssimo. A carga psicológica de um clássico já é gigante com um tempero de dificultar a vida do rival e aliviar a sua, aumenta mais ainda. O rubro-negro precisará muito mais da intensidade aplicada na segunda etapa se quiser vencer.


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