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Fakes viram moda e caem no gosto dos rubro-negros

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Perfil do Vovô Mundico é o xodó entre os fakes. Foto: Reprodução/Twitter

Febre desde que as redes sociais digitais se reconhecem como existentes, os perfis falsos, denominados “fakes”, possuem grande influência sobre o dia a dia virtual.

Escondidos atrás de sátiras e personagens, pessoas divulgam informações, fazem acusações e se confundem com suas verdadeiras representações, às vezes por acaso, às vezes por estratégia publicitária.

Nos últimos meses essa moda pegou com mais aderência no mundo esportivo baiano, sobretudo no Twitter e Instagram, principalmente pelo surgimento de perfis relacionados ao Esporte Clube Vitória.

Um dos perfis mais conhecidos é o “Vovô Mundico“, sátira do presidente rubro-negro Raimundo Viana. Suas publicações relatam a rotina de Viana de uma maneira cômica e descontraída.

O fake é considerado como principal instrumento de aproximação entre Raimundo Viana e a torcida, que aderiu ao apelido e trata a pessoa real do presidente com a reciprocidade do carisma transmitido pelo perfil virtual.

Outros perfis figuram esse mundo virtual rubro-negro, satirizando dirigentes do clube, como “Titio Matoso“, que representa o vice-presidente Manoel Matos, “Mano Barros“, simbolizando o diretor de futebol Anderson Barros, e Sinval Porretinha, na pessoa do ex-diretor do clube e atual radialista Sinval Vieira.

Outros personagens como o Quero-Quero Barradão, Corneta Vitória e Espião Rubro-Negro, usam as redes sociais para expor fatos de bastidores que interessam aos torcedores, com uma linguagem mais direta e irônica. Já Fonte Fidedigna e Edibar Rigaud satirizam as tais “barrigadas”, informações mal apuradas pelos radialistas e jornalistas.

Mas quem são os fakes? Poucos sabem. Especula-se que vão de torcedores comuns até jornalistas, passando por publicitários e opositores. Mas, de fato, quais são seus objetivos?

Consultado pelo Arena, um publicitário da área do marketing digital afirmou que o poder de um perfil falso é imensurável, se bem utilizado. “É uma estratégia antiga e que pode dar grandes resultados. É possível expor assuntos sigilosos, criticar, acusar e até denunciar pessoas e fatos.”, disse ele.

Mas além de efetivo, criar um fake é perigoso do ponto de vista legal. De acordo com especialistas, se o perfil falso fizer referência a uma pessoa real, viva ou morta, o responsável está cometendo o crime de falsa identidade, pois se faz passar por ela.

Já os que usam perfis falsos para caluniar, além da falsa lógica, também devem pagar por crimes contra a honra. Se o perfil não for usado para obter vantagem nem para causar dano, não é crime de falsa identidade.


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