Um dos principais jogadores do elenco do Vitória na Série B, o zagueiro Guilherme Mattis ainda não sabe se terá o seu contrato renovado com o Leão. Mas, em entrevista exclusiva ao Arena Rubro-Negra, o xerife fez questão de agradecer o apoio de todos de dentro e de fora do clube. Segundo ele, o torcedor foi fundamental em toda campanha realizada. Além de renovação e acesso, Mattis também falou sobre a ambientação, amizades no elenco e perspectivas para 2016. 

– Mattis, você chegou ao clube com certa desconfiança por parte do torcedor, mas logo conquistou a confiança dos rubro-negros. Esse carinho da torcida por você lhe surpreendeu?

Não. Eu conversei com alguns parentes meus que moram em Salvador e todos me falaram muito bem da torcida do Vitória. Quando cheguei, pude comprovar tudo isso. Já esperava encontrar uma torcida carinhosa, acolhedora e, acima de tudo, fiel ao time. A força que vem das nossas arquibancadas hoje é um dos meus maiores motivos por estar adaptado no clube.

– De desacreditado a sucesso conquistado. A história de Guilherme Mattis se assemelha com a do Esporte Clube Vitória este ano?650x375_guilherme-mattis_1528510

Acho que sim. Não só por esse lado, mas também pelo trabalho duro. O Vitória e eu trabalhamos muito para chegarmos até aqui, apesar de todas as dificuldades. Acho que a recompensa acabou valendo muito a pena para todo mundo.

– Esse ano de 2015 foi o melhor da sua carreira?

Não gosto muito desse tipo de comparação. Cada ano tem seus acontecimentos, suas importâncias. Mas o que posso garantir é que vivi momentos únicos, muito especiais em 2015. Isso eu levarei para sempre na minha memória. Se não foi o melhor ano, com certeza foi um dos melhores.

– Qual foi o momento mais marcante para você este ano no Vitória? Muitos dizem que foi o gol no BaVi…35287-2

Sim, foi mesmo. Por tudo que o clássico representa, por toda a nossa preparação naquela semana. Nós entramos para conquistar a vitória com muita garra e determinação. Poder marcar um gol numa partida tão importante e desejada pelo grupo foi realmente incrível. A comemoração da torcida, a minha emoção, foi tudo muito lindo. Gosto muito de lembrar e pensar naquela tarde. Ficará para sempre na minha cabeça.

– Seu contrato de empréstimo com o Vitória se encerra ao final deste ano. Qual o seu desejo hoje? Mattis pode permanecer para a temporada seguinte? Depende do quê?

Sou muito feliz aqui, mas, para ser sincero, procurei me desligar completamente dessas questões. Estava tão focado nesta reta final de Série B que nem tive sequer tempo para pensar nisso. Vou deixar para resolver, com calma, juntamente com meu empresário e as diretorias do Bragantino e do Vitória.

– Vemos muita união de todo elenco. Isso foi fundamental até que ponto para a conquista do acesso? Quais os jogadores que são mais próximos a você?

Nosso time é muito fechado. Nas concentrações, nos treinos, o ambiente favorece muito para nosso bom rendimento. Agrega bastante nos dias de hoje ter um grupo realmente unido. Você passa normalmente mais tempo com os companheiros até do que com próprios familiares e amigos pessoais. Isso reflete dentro de campo. Felizmente, sou bem amigo e próximo de todos.

– Em falar em objetivos, o time virou o turno na primeira colocação, mas acabou perdendo força. O que faltou para o Vitória conquistar o título da Série B?

Talvez regularidade ou mais atenção em jogos decisivos. A Série B é um campeonato difícil e longo demais. Precisa ter um equilíbrio espetacular para não deixar o ritmo cair. Nem o próprio Botafogo conseguiu fazer um ano perfeito. O importante foi que conquistamos nosso objetivo principal, que era recolocar o Vitória do lugar de onde jamais deveria ter saído.guilherme ecvitoria

– Você teve a companhia de Ramon e de Kanu na zaga rubro-negra. O primeiro foi titular com você durante boa parte das partidas e o segundo acabou assumindo a sua posição quando você esteve contundido. Existia uma disputa sadia com esses atletas pela posição de titular? Como você definiria os dois?

Claro. Sempre foi uma disputa sadia e respeitosa. Somos amigos fora das quatro linhas e nos respeitamos como verdadeiros profissionais dentro delas. Os dois são bons zagueiros. O Ramon é um jovem que tem tudo para se transformar num zagueiraço, de ótimo posicionamento, jogo aéreo de qualidade, desarmes preciso. O Kanu também é um baita defensor. Tem uma força física incrível, muito inteligente taticamente. São dois caras que me ajudam bastante quando treinamos ou jogamos juntos.

– Qual a importância do técnico Vagner Mancini na carreira de Guilherme Mattis?

Foi, de fato, um grande professor. Me corrigiu quando eu errava posicionamento ou algum fundamento, me motivou em momentos de dificuldade e procurou me passar a maior quantidade de ensinamentos possíveis. Sou muito grato a ele pela minha retomada e evolução neste ano.

– Salvador caiu no gosto do xerife? O que mais gostou da cidade? Sabemos que curtiu bastante os ritmos musicais…001

(Risos). Amo Salvador. É uma cidade fantástica, alegre, renovadora. Não tem o trânsito do Rio e de São Paulo e tem essa felicidade que contagia. Essa energia especial. Me faz muito bem.

– O que você planeja para o ano de 2016? Qual recado deixaria para o torcedor do Leão?

Espero poder seguir evoluindo na carreira, ainda tenho muito a conquistar. Alô, torcida do Leão, MUITO obrigado pelo apoio incondicional durante todo o ano e parabéns pelo acesso! Vocês também fazem parte dessa conquista! Ano que vem é Pega Leão na Primeira Divisão!


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