Chegou ao fim o desastroso primeiro semestre do Vitória. No último capítulo desses primeiros seis meses da temporada rubro-negra em 2019, o Leão perdeu por 3×0 para o fraco time do Oeste. Vamos relembrar o que ocorreu até aqui.
Estatísticas
O Vitória fez 27 jogos em 2019. Foram apenas quatro vitórias (em seis meses), 12 empates e 11 derrotas. O time marcou 28 gols e sofreu 44, já tendo a pior defesa da Série B (19 gols sofridos em 8 rodadas). Eliminações nas primeiras fases do Campeonato Baiano e Copa do Brasil, além de sair nas quartas de final da Copa do Nordeste.
Eliminações vexatórias
Na Copa do Brasil, o Vitória parou na primeira fase. O rubro-negro perdeu por 2×0 para o Moto Club e como a primeira fase do torneio é em jogo único, a despedida da competição foi mais cedo do que era esperado.
Já no Campeonato Baiano, o Vitória chegou a liderar por algumas rodadas da fase de grupos, mas derrotas para Atlético de Alagoinhas e Fluminense de Feira, ambas no Barradão, foram determinantes para o 5º lugar e consequente eliminação ainda na primeira fase.
Demissão de Chamusca
Após a eliminação no Campeonato Baiano, o treinador Marcelo Chamusca foi demitido pelo Vitória. Foram apenas 15 jogos com três vitórias, oito empates e quatro derrotas.
A passagem de Chamusca foi marcada pelas entrevistas onde o mesmo perdeu o controle e atacou a imprensa após não concordar com alguns questionamentos.
Classificação sem vitórias
Na Copa do Nordeste, o Vitória fez uma péssima campanha na primeira fase. Em oito rodadas, sete empates e uma derrota. O treinador Cláudio Tencati chegou faltando duas rodadas para o fim do torneio e conseguiu levar o time ao mata-mata, mesmo sem vencer.
Resultado? Eliminação após sofrer goleada por 4×0 para o Fortaleza. Uma falsa esperança em meio ao mar de tragédias do ano rubro-negro.
Início de Série B
Quatro rodadas foram suficientes para derrubar Cláudio Tencati do comando técnico do Vitória. O começo preocupante seguiu mesmo após a chegada de Osmar Loss. Ao todo são 8 jogos com seis derrotas, 1 vitória e 1 empate. O Vitória é lanterna da Série B e por lá ficará pelo menos até o dia 13 de julho, quando a competição retorna após a pausa da Copa América.
Dois presidentes
Em seis meses o Vitória viu a derrocada final do presidente Ricardo David, que deixou o cargo de forma antecipada, e o retorno do presidente Paulo Carneiro, eleito com maioria absoluta nas eleições do dia 24 de abril.
As expectativas da torcida por melhorias não aconteceram. Se de um lado tínhamos um omisso Ricardo David, que até viagem para o exterior fazia em meio aos jogos do clube, do outro temos um Paulo Carneiro presente, mas que se equivoca no trato com a imprensa e se coloca em situações embaraçosas diante de falas próprias como dizer que o Vitória “não é um clube popular” e o polêmico áudio vazado sobre o percentual da taxa de gordura.
Contratações
Até a data da publicação desse texto, o Vitória contratou 25 atletas. 14 chegaram na gestão Ricardo David e 11 na gestão PC. Desses jogadores sete já foram embora. Três ainda sequer estrearam.
O pior é notar que mesmo diante de tantas contratações, o time ainda é muito fraco e sente a necessidade da chegada de mais jogadores. Novamente o Vitória caminha para um ano onde terá elenco inchado, muitas dívidas com rescisões e com dificuldade para trazer bons reforços devido ao momento financeiro do clube.
Troca de uniforme conturbada
O Vitória anunciou em março que teria a Kappa como sua nova fornecedora de material esportivo. Tudo parecia tranquilo até que com a chegada da nova gestão se fez necessário rever o contrato com a empresa italiana. Isso atrasou o lançamento das camisas, que diferentemente dos últimos anos não saíram no dia 13 de maio, mas sim no dia 30 do mesmo mês.
A mudança ainda ficou marcada pelo vazamento no dia do lançamento, pela falta de materiais de treino e aquecimento e até mesmo das fontes utilizadas nos uniformes que só chegaram a partir do 2º jogo com as camisas feitas pela Kappa.
Expectativas para o 2º semestre
Assim como em anos anteriores, espera-se melhorias do clube após a pausa para uma competição de seleções. Em 2019, a Copa América. Fato é que o torcedor perdeu a empolgação das associações e enxerga com dificuldade uma melhoria que vá fazer com que a realidade do clube seja diferente daqui para frente.