29 de Junho de 2016, o Vitória venceu o Sport no Barradão por 3-2 pela 12ª rodada e chegou à 13ª colocação com 16 pontos. Parecia apenas uma vitória comum num campeonato longo de 38 jogos, mas foi o início de uma longa espera.
Após vencer o Sport o Vitória jogou cinco vezes no Barradão: empatou sem gols com o Fluminense, perdeu do Santos por 3-2, empatou em 2-2 com o Santa Cruz e perdeu para os dois cariocas: Flamengo 2-1 e Botafogo 1-0.
Nas únicas três vitórias como mandante nesse período, jogos longe da casa de sempre: 3-1 no Coritiba em Feira de Santana, por exigência das Olimpíadas, e 2-1 no América Mineiro, em partida que foi realizada na Fonte Nova. Pela sulamericana a terceira vitória: 2-1 no mesmo Coritiba, na Fonte Nova.
Quando entrar em campo contra o São Paulo, domingo às 16h, o Vitória terá completado 88 dias da sua última vitória no Manoel Barradas. Uma eternidade para um estádio acostumado a mudar a história do clube. Com a força do Barradão o Vitória chegou em sete finais de Copa do Nordeste, ganhando quatro; duas semifinais de campeonato nacional (Brasileirão 1999 e Copa do Brasil 2004) e uma final (Copa do Brasil 2010); 15 dos 28 títulos estaduais e uma longa invencibilidade de 27 jogos sem perder em 2002.
Hoje, porém, os tempos são outros. Quase noventa dias sem conseguir vencer no santuário e ameaçado de ser rebaixado pela terceira vez em seis anos, o Vitória patina nos mesmos velhos erros que nos fazem perguntar: quem é o culpado pela situação? Quem responde pela desmoralização do Estádio Manoel Barradas?