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Tal pai, tal filho!

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A relação entre pai e filho não fica somente no elo familiar, sendo abrangente também para o profissional. Rodrigo é o braço direito do pai por onde ele for, e não foi diferente aqui no Leão da Barra. São cinco bons e longos anos de parceria, trabalho este que iniciou-se em 2007 no Corinthians, seguindo uma lista de mais 3 grandes clubes, entre eles o Esporte Clube Vitória por duas oportunidades. No início, a colaboração se resumia ao trabalho no dia a dia dos treinamentos, contudo hoje a vertente é outra, Rodrigo Carpegiani, trabalha como auxiliar técnico do seu pai ao lado de Ricardo Silva.

Quando assumiu o comando do rubro-negro baiano, ao final do Campeonato Baiano 2012, cujo título ficou com seu rival, Carpegiani propôs à diretoria um novo método de trabalho. Um trabalho que no início fora meio esquesito e que gerou várias polêmicas nos meios de comunicação, na equipe, e entre os torcedores, mas que no final (hoje), os frutos estão sendo colhidos. Paulo fica em todos as partidas possíveis, nos camarotes das respectivas arenas dos jogos, e o auxiliar Ricardo Silva, junto com seu filho, no banco de reservas, transmitindo as ordens do treinador para seus respectivos comandados dentro das quatro linhas.

Desde o começo, quando o treinador, Paulo César Carpegiani, ainda esteva à beira do gramado, como fou em apenas três partidas, seu filho o observava. Após a mudança na metodologia do trabalho, Ricardo passava as orientações sozinho e aos poucos, Rodrigo se soltava, figurando, constantemente, na beira do gramado.  Este foi o primeiro passo para a realização do principal objetivo: se tornar treinador.

– É uma ideia que está amadurecendo e que eu vou tentar seguir. Vamos deixar as coisas acontecerem naturalmente. Vou tentar deixar as coisas fluírem naturalmente. Se der certo, ótimo – comentou o auxiliar técnico e filho, Rodrigo Carpegiani.

Esta nova metodologia tem dado certo. Rodrigo e Ricardo dividiram as funções no banco de reservas em 17 partidas e em 13 delas, o Vitória conquistou os três pontos. O auxiliar técnico acabou sendo derrotado em apenas duas oportunidades, quando ainda havia a presença do seu pai no banco de reservas.

A opção tem dado certo. Rodrigo e Ricardo dividiram as funções no banco de reservas em 17 partidas. Em 13 delas, o Vitória conquistou os três pontos. O auxiliar técnico saiu derrotado em apenas duas oportunidades – mesmo número de derrotas de quando o pai esteve no banco de reservas.

– Em um grande clube, clube de torcida, é uma experiência nova sim. Ele me colocou ali para me ambientar, vamos dizer assim.  […] Mas já para ambientar, para eu saber como é que funciona. Não que eu não soubesse disso, mas já é um outro ramo. – comentou.

Apesar de tudo isso, Rodrigo prefere deixar a oportunidade a cargo do destino:

– É difícil? É. Mas tudo na hora certa. É igual a jogador, acontece tudo no momento certo e você tem que estar preparado. Jogador tem que estar preparado para o momento certo. Se amanhã ou depois acontecer alguma coisa e eu tenha que assumir, não tem problema nenhum. Eu tenho que estar preparado, consciente e tranquilo com relação a isso – garante.


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