Com gol de pênalti no início do jogo, Criciúma ganha a primeira fora e o Vitória perde a primeira em seus domínios.
Primeiro tempo para pôr defeito
Se a reclamação da torcida rubro-negra era a postura negativa do time fora de casa, depois do jogo de hoje a reclamação pode se tornar persistente também nas partidas com domínio leonino. Pelo menos foi o que se viu no primeiro tempo, onde, já aos 16 minutos, Marcel, de pênalti, converteu para os visitantes. O gol foi necessário para mudar drasticamente a postura do time de Caio Júnior e abrir os olhos da torcida.
No início do jogo, o Vitória até começou pressionando, mas já no primeiro contra-ataque do Criciúma veio o gol após penalidade cometida por Victor Ramos. Depois daí, o jogo parecia outro. O Vitória, dono da segunda melhor campanha dentro de casa parecia não jogar com o dono da pior campanha como visitante. A partida começou a se tornar “lá e cá”.
Sílvio Criciúma, técnico do time catarinense, conseguiu durante a primeira parte marcar os passes do Vitória, dificultando quaisquer ações perigosas do time vermelho e preto. E Maxi, coitado, mal jogou, sendo marcado às vezes por dois atletas do adversário.
Mais que isso, melhor nem comentar. Muitas furadas de bola, uma, inclusive, de Elizeu, que vem sendo destaque do time rubro-negro, muitos passes errados, principalmente da defesa, e algumas finalizações escancaradamente sem sucesso.
É hora de mudar o placar
Caio Júnior levou isto à sério e já propôs uma mudança significativa. No segundo tempo, o time voltou com Dinei no lugar de Elizeu. Sendo assim, agora tínhamos um Vitória sem volante, porém mais ofensivo. Perigoso? É o que veremos a seguir.
A torcida teve que gritar mais alto. E o som que vinha da torcida motivou os jogadores do Leão no gramado. A segunda parte do jogo mudou, mudou bastante. O Vitória atacou mais, foi mais objetivo. Alemão, este, foi o destaque do segundo tempo e, se duvidar, da partida.
A partir dos 24 do segundo tempo, o Vitória aumentou seu poder de ataque, criando e sendo mais objetivo. Aos 24, por exemplo, Dinei recebeu no meio da grande área e, quase caindo, chutou no cantinho, mas a bola esbarrou na defesa do Criciúma e surtiu apenas escanteio. Já aos 30, Cáceres mandou de novo para o camisa 9 do Leão, que pegou certeiro no meio da bola e chutou firme, mas Galatto acabou fazendo uma grande defesa. O jogo estava ainda mais dramático, tanto para o Vitória, que via se distanciando sua invencibilidade dentro do Santuário e nenhum gol aparecia para igualar o placar, quanto para o Criciúma, que apenas podia se defender da pressão e das investidas dos mandantes. Quase aos 34 minutos, Alemão mandou de fora da área, mas a bola explodiu nas palmas de Galatto, que continuava mantendo o placar de 1 a 0 para o time da cidade de Criciúma.
Em alguns momentos, raros, por sinal, no segundo tempo, os visitantes até atacaram, levaram perigo, inclusive, mas nada mudou ainda no Barradão.
Mas vamos voltar ao jogo do Vitória: a pressão ainda era certa. Marquinhos, sim, aquele mesmo, aos 38, chutou uma bomba de fora da área. Só que ainda não era hora do gol: a bola marcou a trave lateral do Criciúma para o “UHH” das arquibancadas. Em diante, os baianos ainda continuaram pressionando, porém a rede no Barradão acabou não balançando mais.
Mesmo com 4 minutos de acréscimo e de incentivo da torcida, que gritou até o apito final, o rubro-negro lutou até o último lance, exagerou na raça, mas nada mudou.
No fim, o Tigre mostrou que na selva não existe só um rei.
17ª rodada do Campeonato Brasileiro 2013.
Data: Domingo, 1º de setembro.
Horário: 16h (horário de Brasília).
Gol(s): Marcel (16’/1T).
Público: 15.000 pessoas.
Renda: R$ 142.560.
Vitória: Wilson; Ayrton, Victor Ramos, Fabrício, Juan; Elizeu (Dinei), Luís Alberto, Cáceres, Vander (Marquinhos); Maxi Biancucchi e Alemão.
Criciúma: Galatto; Tony, Matheus Ferraz, Leonardo Moura, Marlon; Serginho, Elton, João Vitor (Douglas); Lins, Marcel (Morais) e Fabinho (Cassiano).
Foto: Eduardo Martins/Ag. A Tarde.