Nem o mais pessimista torcedor rubro-negro imaginava se encontrar em uma situação como esta. Após o Departamento Médico do Vitória anunciar que o meia Escudero terá que passar por uma cirurgia e que ficará longe dos gramados por mais de seis meses, os leoninos caíram em preocupação.
Mas de onde vem toda essa preocupação? Afinal, a direção Rubro-Negra trabalhou e foi feliz na renovação de contrato da maioria dos atletas titulares. Então, a falta de um jogador dos oito que tiveram seus vínculos estendidos não surtiria muitos prejuízos. Toda essa “dor de cabeça” não surgiu do nada e nem sem fundamento.
Assim que o argentino chegou à Toca do Leão todos esperavam um clássico futebol hermano. Gingado, velocidade e visão de jogo. Essa era a grande esperança depositada em Damián Escudero. Só que, para a surpresa de muitos, outras qualidades apareceram.
Criticado por parte da imprensa local e taxado de “gasparzinho” em alguns momentos dos jogos, Escudero foi se tornando cada vez mais titular e passou a ser cada vez mais elogiado pelos seus treinadores. Ao ser perguntado sobre a verdadeira posição do camisa 11, o então técnico Caio Júnior foi enfático ao dizer que o meia era fundamental em qualquer esquema de jogo.
Só que até este momento ninguém imaginava que o atleta era realmente tão importante. Foi aí que veio a primeira contusão que deixou o “Escumito” de molho por quase um mês. Neste período o Vitória buscava sempre o primeiro grupo do Campeonato Brasileiro, fator que não se repetiu sem a presença do jogador. “Todo desfalque pesa. Mas eu acho que o Escudero está fazendo muita falta. Ele ajuda muito a equipe taticamente, dá um equilíbrio, e já não joga há seis jogos”, disse Caio Júnior após ser perguntado se falta do argentino estava surtindo efeito negativo no Vitória.
Recuperado, o jogador voltou e foi um dos principais responsáveis pela quinta colocação do Vitória na Série de 2013. Para se ter uma ideia, o desempenho leonino mais que dobrou se fomos comparar com o tempo que o mesmo esteve fora.
Quando a temporada já se encerrava e os bastidores já davam como certa a saída do meia-atacante, a torcida mais uma vez se preocupou. “Se for para escolher entre Maxi e Escudero, eu prefiro o deus da 11”, disse um dos torcedores quando questionado sobre a sua preferência caso a direção fosse escolher entre um entre os dois principais destaques do time naquela campanha. O final dessa história nós todos já sabemos.
Agora, contundido e afastado das quatro linhas por, pelo menos, seis meses, Damián Escudero irá fazer uma falta enorme dentro de campo, pois são poucos no Brasil que fazem o que o argentino faz em campo. Escudero não é só meia, também é atacante, lateral e até zagueiro. Sua disciplina em campo impressiona e já começa a mexer com seus colegas de clube.
“Um jogador como Escudero qualquer equipe está a procura. É um jogador de qualidade, um dos lideres do nosso grupo, vamos sentir falta dele, mas o Ney tem o grupo nas mãos. Agora é continuar com essa sequência que nós estamos tendo”, disse Neto Coruja, já imaginando a falta que o camisa 11 irá fazer.
Nas últimas horas muito se especulou sobre o substituto do meia, mas nenhum nome agrada 100% ao torcedor leonino. Até mesmo pela raridade de jogadores que hoje fazem a mesma função do hermano.
Escudero, você e todos já sabem que a sua presença em campo fará falta, mas todos nós também já estamos cientes e confiamos que você voltará ainda mais importante e fundamental para o time. #ForçaEscudero!