Ainda é difícil encontrar palavras que definam o tamanho do erro cometido pelo presidente do conselho deliberativo do Vitória, José Rocha, junto com o conselheiro Marcelo Nilo, ao barganhar o banco de dados do plano de sócios do clube, o Sou Mais Vitória, para disparar e-mails marketing de promoção eleitoral.
Em poucas e, na medida do possível, respeitosas palavras, é torpe a atitude de se aproveitar do poder de um cargo dentro de um clube de futebol para se promover em plena campanha eleitoral. Pior, na situação em que o clube se encontra o ato já pode ser considerado uma inexplicável asneira.
A atitude, em suma, de encontro com a ira do torcedor rubro-negro, significa somente uma coisa: menos 2,6 milhões de votos aos postulantes. Deste número, poucos saberão dizer a importância dos dois no cenário político baiano e brasileiro. Irão, infelizmente, misturar futebol com política. Uma resposta evidentemente justa aos respectivos que tentaram fazer o mesmo.
Poderiam ser 2,6 milhões de votos a mais se, ainda que por interesse, José Rocha e Marcelo Nilo, deputado federal e presidente do Partido da República na Bahia e deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do Estado respectivamente, usassem de todas as suas influencias dentro do clube, para ajudá-lo a sair do buraco em que se encontra, e do governo, para agilizar repasses e obras que beneficiem o Vitória, como a Via Expressa e o convênio Vitória da Cidadania.
Entretanto escolheram o caminho inverso: não se pronunciam, não tomam atitudes contundentes perante a diretoria e ao governo, mas se utilizam do clube para tentar conquistar votos. Não poderão se queixar, por fim, se os eleitores seguirem o mesmo caminho. Nas urnas.