Começar uma temporada sem vencer é ruim, pior se for em casa e contra um adversário de qualidade inferior. Apesar do empate sem gols, o Vitória produziu muito e merecia, pelo menos, um gol para aliviar a pressão pela primeira vitória. O time vem evoluindo pouco a pouco, mas é preciso enfrentar a desconfiança de uma torcida ainda com um pé atrás devido a péssima temporada de 2014.
Drubscky avisou, na entrevista pré-jogo, que o Vitória não jogaria o fino da bola e que ainda precisaria de tempo para ajustar o time. O período de pré-temporada, apesar de maior em 2015, não é o suficiente para os jogadores compreenderem todo o sistema de jogo do técnico. Contudo, a equipe, que entrou em campo contra o Bahia de Feira, fez a melhor atuação ofensiva dos últimos jogos.
O que foi treinado, foi executado. Ricardo escalou o Vitória em um 4-2-3-1 com Escudero mais aberto pela esquerda, Jorge Wagner centralizado e Vander mais pelo lado direito. No primeiro tempo, o trio se manteve mais fixo, contando com o apoio dos volantes Amaral e José Welison e dos laterais alternados. Apesar do maior volume de jogo, faltava o passe limpo para finalização clara.
Apesar disso é que as melhores chances na primeira etapa foi em jogadas individuais de Vander e bolas paradas. Se o ataque estava ajustado, a defesa apresentou as mesmas falhas do ano passado. Insegura, às vezes, mal posicionada, só não sofreu um gol no primeiro tempo porque Souza Baiano marcou com a mão.
No segundo tempo, Drubscky tentou alternativas de jogo. Primeiro, inverteu o posicionamento de Vander e Escudero. Depois tentou mais velocidade com as entradas de Willie e Euller nos lugares de Jorge Wagner e Vander. O time seguiu criando muito, mas esbarrou na disposição defensiva do time do interior e na tarde inspirada do goleiro Léo.
O time está evoluindo. Conforme os jogos, o Vitória tende a melhorar o entrosamento, a parte física e a parte tática. As entradas de Rogério, Élton e Rhayner dará um leque maior de opções no ataque, porém é necessário qualificar o setor defensivo.
Em 2015, começarei a dar notas para as atuações dos jogadores. Ao final de cada mês, terá uma seleção mensal com as médias e no final do ano, o melhor time de 2015.
Vitória: Fernando Miguel (5); Nino Paraíba (4,5), Kadu (5), Ednei (5) e Mansur (5,5); Amaral (6), José Welison (6,5), Vander (6,5), Escudero (6) e Jorge Wagner (5,5); Neto Baiano (5,5); Téc.: Ricardo Drubscky (6)