A obrigação do Vitória no Campeonato Baiano é vencer os times do interior. Sem faltar com o respeito aos clubes, mas o rubro-negro tem mais suporte financeiro e estrutura e sempre terá o dever de vencer. Em começo de temporada e com uma equipe em construção, o Vitória apresenta dificuldades naturais, mas tem que vencer.
Diferentemente das duas últimas partidas, o técnico Ricardo Drubscky não teve o meia Escudero para dividir a responsabilidade da criação com Jorge Wagner. Com isso, ele optou por um time veloz com a entrada de Rogério. Equilibrou o time e explorou as fragilidades do time do Serrano para vencer.
Além da saída forçada de Escudero, a outra mudança foi na defesa. Kadu perdeu a vaga para Saimon, por opção do técnico. O ex-zagueiro gremista deu estabilidade defensiva apesar de pouco exigido e ainda criou oportunidades ofensivas em jogadas de bolas aéreas. A antiga dupla se complicou diante de adversários de qualidade similar ao de hoje.
Com o gramado muito castigado pela chuva, o Vitória abusou das jogadas pelas laterais e cruzamentos na área. Não tardou para marcar o primeiro com Jorge Wagner e criar, pelo menos, mais duas chances em jogadas pelos flancos. O segundo gol, um dos mais bonitos do certame, Vander fez uma jogada característica e que foi pouco explorada pelo Vitória: chutes de média e longa distância.
O Serrano pouco exigiu. Lento no meio de campo, a equipe mongoio só teve mais posse de bola no segundo tempo, quando com o gramado mais pesado, o Vitória se fechou mais e passou a explorar os contra-ataques.
Ao final do terceiro jogo da temporada e comparando ao desempenho do ano passado, é possível perceber que houve uma melhora. Aos poucos, o Vitória está se soltando, criando mais, sendo mais agudo nas suas chances. Se em 2014, o Vitória toca muito, mas pouco agredia, na cara do time de 2015, será mais agressivo e deve ficar menos com a bola.
A próxima partida contra o Serrano e sem Jorge Wagner, Drubscky deve colocar Escudero como meia central no esquema de 4-2-3-1. Após a parada de Carnaval, o Vitória deve definido se vai jogar com Jorge Wagner e o argentino ou um dos dois. A última pode ser a mais útil para o time.
NOTAS:
VITÓRIA: Fernando Miguel (5,5); Nino Paraíba (5), Saimon (6), Ednei (6), Mansur (5,5); Amaral (5,5), José Welison (6), Jorge Wagner (6,5), Vander (7); Rogério (5) e Neto Baiano (4,5); Téc.: Drubscky (6)