Drubscky foi para o jogo contra o América/RN ameaçado. Um tropeço diante do América/RN pode representar uma demissão e uma quebra no planejamento rubro-negro. Em campo, um time pressionado assim como o técnico devido ao ano de 2014. O que fazer? Mudar.
O técnico sacou Nino para colocar Romário e ter um poder de marcação maior pela direita. No mais, o retorno do 4-2-3-1 com Escudero jogando centralizado, Vander e Rogério pelas pontas. Euller ganhou mais liberdade, porém não achou facilidade.
A equipe potiguar foi diferente. O técnico Roberto Fernandes escalou quatro zagueiros na última linha para liberar o volante Alvaro para se aproximar do trio de meias. Na frente, a movimentação de Thiago Potiguar com Daniel Costa deu trabalho para o setor esquerdo da defesa do Vitória.
Se teve um ponto do trabalho de Drubscky muito criticado foi o fato do Vitória insistir nas jogadas laterais. Surpreendentemente, o primeiro gol do Leão no jogo foi de uma jogada trabalhada pelo meio. Euller jogou como meia, tabelou com Neto e fez um belo gol, contudo não durou muito: o antigo problema defensivo do rubro-negro voltou e o zagueiro Edson Rocha igualou o jogo.
O empate deixou o Vitória instável psicologicamente, aceitou o jogo americano e ficou próximo de sofrer o empate. Se tem um fator que pesa contra o Leão é o psicológico. Em nenhum jogo neste ano, o time estava leve, sempre sendo cobrado por boas apresentações, resultou numa quase demissão de Drubscky. Essa é uma dívida de 2014, mas é cobrada com juros e mora em 2015.
O triunfo no segundo tempo veio com uma mudança tática muito significativa. Rogério saiu para a entrada de Rhayner e o Vitória foi remodelado num 4-4-1-1 com Escudero deslocado pela esquerda, Rhayner pela direita e Vander se aproximando de Neto pelo centro. Isso deu mais contundência no ataque, algo que faltava.
Defensivamente, não houve equilíbrio. O América/RN cresceu e aproveitou a velocidade do experiente Gilmar pela esquerda para criar boas chances e obrigar o goleiro Fernando Miguel a trabalhar. Mais uma vez, o time potiguar esteve próximo do triunfo, mas não levou.
Um gol de falta de Neto e outro do meio de campo de Rhayner definiu o jogo e deu uma bela sobrevida ao técnico Drubscky, contudo a mudança tática pode dar estabilidade para o futuro, mas é preciso ser bem trabalhada.
É preciso ter calma e paciência para que o fantasma de 2014 não atrapalhe 2015.