Parabéns para você, nessa data querida… Não, não é uma data querida. Todos nós, rubro-negros, sabemos. São 116 anos, idade avançada, que podia ser marcada pela experiência, mas o que se vê de verdade é um jovem, que pouco sabe da vida, tentando ser alguém, mas sem sucesso. É assim que hoje podemos resumir o Vitória.
Uns arriscam dizer que este é o pior momento do clube, batendo até mesmo o desastre da caída para a Série C em 2005. A perda do Campeonato Baiano e da Copa do Nordeste seria normal, caso não fosse da forma que foi. Cinco meses de temporada e nenhuma evolução dentro e fora de campo. Vemos um Vitória vazio, sujo e sem perspectivas, assim está o Barradão nos dias de hoje: abandonado.
Volante jogando de lateral, “lateral” jogando de titular, camisa dez com futebol de peladeiro e número 9 que parece um legítimo número 3. Este é o reflexo que vemos. E quem sofre com isso tudo? O torcedor, que por muitas vezes é dado como o maior culpado, segue com fios de esperanças, não correspondidas pelos grandes mandatários rubro-negros, que por muitas vezes é até difícil acreditar que os mesmos torcem pelo Leão.
Chegou a hora de apagar a velinha, chegou a hora de renunciar ao orgulho e perceber que o clube precisa ser aberto para aqueles que mais amam o Esporte Clube Vitória, aqueles que enfrentam de tudo para ver o time do coração.
Colo Colo, Ceará e Sampaio Corrêa. O que eles têm em comum? Têm em comum que todos esses são menores que o Vitória, são menores do que uma história construída com suor, com determinação, com algumas falhas durante esses 116 anos. Engraçado é pensar que quem ajudou a levantar essa equipe está ajudando, diretamente ou indiretamente – como ele preferir -, a derrubar mais uma vez e deixá-lo aonde o encontrou.
Desse jeito e com todas essas atitudes, é difícil desejar parabéns, muito menos muitas felicidades e muitos anos de vida. Para este momento, outra musiquinha: Vai depender, vai depender, vai depender se a corja vai querer!
resumiu o sentimento: quem levantou o vitória vai, hoje, derruba-lo. Pra piorar, existe chance de sobrevivermos, mas quem tem que abrir mão da mamata não vai querer ceder.