O Vitória foi o Vitória. O jogo de Mancini não apresenta qualquer novidade ao torcedor e nem ao adversário: marcação por encaixe individual e ataque vertical por meio de lançamentos buscando os atacantes de lados de campo.
A grande mudança para os outros jogos foi que enfrentou um time organizado com uma proposta de jogo bem definida: Chapecoense. O time de Guto Ferreira mostrou compactação defensiva, marcação sobre a bola e muita velocidade para acionar os seus pontas.
Em campo, as duas equipes jogaram em sistema de jogo parecidos no primeiro tempo. Enquanto o Vitória variou do 4-1-4-1/4-4-2 sem a bola e 4-3-3 com a bola, a Chapecoense atuou em sistema de jogo similar, mas sem o 4-4-2.
O Vitória tem dificuldade de construir o jogo. O jogo direto e lançamentos são opções, mas não soluções. Sem Farias, Amaral voltou a sua função normal e fez uma exibição segura.
Mancini optou sabiamente por Flávio como segundo volante. Mais pulmão, com um passe mais qualificado foi responsável por circular a bola no meio de campo e fazer os lançamentos. Tiago Real e uma peça decorativa seria a mesma coisa: teoricamente era o responsável por articular o jogo, mas pouco participou das jogadas ofensivas.
Dagoberto segue como uma incógnita. Mancini optou por ele a Leandro Domingues, porém sua produtividade ofensiva é baixa e não tem condições fisicas de jogar pelo lado. Some tudo isso a laterais que não apoiam. Não temos um time.
Imagem 1: Flávio lança para Kieza. O K9 se projeta na ponta esquerda, Real entra na área, Dagoberto, no começo do lance parece surgir como opção, mas opta por ir para área, Marinho faz o dele e vai para área. Flávio, que começou o jogada, também entra na área. Os laterais nem se apresentam.
O mais interessante é que a linha de marcação da Chapecoense permanece postada e estreita.
Imagem 2: A Chapecoense faz marcação pressão no lateral cobrado por Diego Renan. Marinho perde a bola e Lucas Gomes acelera. Dagoberto, o jogador mais perto para. Marinho também. Amaral corre atrás. No final do lance, Silvinho chuta com perigo.
Imagem 3: Flávio lança para Kieza. Na sua frente, a linha de meio de campo postada e todas as opções na frente marcadas. Atrás, Amaral e Real.
Na sequência do lance, Dagoberto perde o gol na área.
Nas imagens é possível ver que o Vitória pouco articula e tem graves problemas de recomposição defensiva.
Na quinta, o Vitória enfrentará o melhor time do Brasil, taticamente falando. Iremos sofrer muito.
*Se Maia queria sair, porque emprestar para um time concorrente?
Se Mancini não mudar o time, não avaliar os erros e não tentar aplicar o mínimo de estratégia tática contra o Grêmio, iremos sofrer uma goleada histórica. Anotem.