Na noite da última sexta, Vitória e Fluminense se enfrentaram no Maracanã recém-entregue das Olimpíadas. Duas equipes em meio a um retrospecto negativo recente, não vencendo nas últimas quatro rodadas do Brasileirão. O Rubro-Negro não pôde contar com Zé Eduardo, mas em compensação teve Marinho recuperado de lesão.
Argel optou pela utilização de três volantes, organizando sua equipe num 4-3-3 (com a bola) e 4-1-4-1 (sem a posse). Amaral, Marcelo e Farias formando a linha de meio, enquanto que na última linha Cárdenas flutuava pela esquerda, Marinho pela direita e Kieza centralizado. Como era esperado, a equipe explorava frequentemente a bola longa, na maioria das vezes sem sucesso (o gol acaba saindo através da bola parada). Os setores ficavam distantes, facilitando a marcação adversária.
Defensivamente o Leão voltava a repetir os mesmos erros. O Fluminense explorava com muito perigo as laterais, apesar do pênalti grotesco marcado. A falta de compactação e pressão no portador da bola permitiu a movimentação dos adversários, comprovando que independente da quantidade de volantes, a aplicação tática/posicionamento devem ser executados no mesmo ritmo.
A entrada de David no lugar de Amaral tornou o Vitória mais agressivo, alterando a formação para o 4-2-3-1 dos últimos jogos. Mais movimentação no último terço, com jogadas em diagonal e bolas alçadas na área. Desta maneira as chances foram surgindo e como consequência o gol de empate. O time carioca ainda assustava no contra-ataque, mas a igualdade não saiu mais do placar.
Novamente o desequilíbrio entre os três setores do campo voltava à cena, independente do erro absurdo de arbitragem. Graças a Deus o jogador decisivo existe, que fez muita falta nas últimas rodadas. Com ele 100% ganhamos um fôlego nesta difícil batalha contra o rebaixamento. Faltam 9 pontos e “vida longa ao Di Marinho!”.