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Pressionado, Ivã de Almeida completa seis meses à frente do Vitória

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Eram 19 de dezembro de 2016 quando o Conselho Deliberativo eleito conduziu o conselheiro Ivã de Almeida à presidência do Conselho Gestor do Esporte Clube Vitória. Até ali, tudo era euforia. A eleição tinha apenas três dias de encerrada e a chapa vencedora, a Vitória do Torcedor, sonhava em realizar as inúmeras promessas que havia feito durante a campanha.

Um semestre depois o cenário é de desequilíbrio, pressão e incertezas. Diante de uma política de futebol equivocada que resulta em péssimas atuações em campo, além de equívocos e contrassensos administrativos, Ivã de Almeida se vê pressionado por torcedores, imprensa e oposicionistas, que pedem sua saída imediata do clube.

Uma das principais queixas ao presidente é sobre sua suposta falta de liderança dentro do clube. É de conhecimento que Ivã se autoescalou para o cargo, argumentando possuir um recall da eleição perdida para Raimundo Viana, e foi apoiado por Sinval Vieira, seu diretor de futebol e peça fundamental da chapa. Isso quer dizer que o nome de Almeida não era unanimidade.

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Nesse meio ano, perante as contradições entre promessas e ações da gestão, muitos já deixaram o barco comandado pelo professor. Destaque para o próprio Sinval Vieira, considerado um dos protagonistas de toda a crise que atravessa o futebol rubro-negro.

O Vitória jogou 40 partidas em 2017, o terceiro time com mais jogos no Brasil. Venceu 23, perdeu 9 e empatou outras 8, somando 64% de aproveitamento. No entanto, algumas dessas atuações são decisivas para a avaliação final, como a conquista do título estadual, as eliminações na Copa do Nordeste, para o Bahia, e na Copa do Brasil, para o Paraná Clube, além das 6 derrotas em 10 jogos no Brasileirão.

O argentino Dátolo foi uma das promessas que decepcionaram. Foto: Maurícia da Matta/EC Vitória

Foram 22 atletas contratados e até então 8 dispensados, sendo 3 com menos de seis meses no clube. A renovação de Argel no início do ano e sua demissão nas vésperas da final do Baiano, a contratação de Petkovic e a trapalhada na sua indicação para substituição do treinador.

Além do futebol, a condução de setores como a comunicação também pesam na conta de Ivã. Apesar da coordenação liderada por Érica Saraiva demonstrar avanços consideráveis nos engajamentos das redes sociais, o gerenciamento das contas é alvo de críticas, sobretudo de torcedores que não foram receptivos com a linguagem e comportamento adotados.

Como reação, o presidente do Vitória se blindou e tenta de todas as formas também blindar o clube, indo de encontro à transparência prometida durante sua campanha. Também procurou algumas lideranças para se aconselhar. Mas como acontece frequentemente com treinadores e jogadores, Ivã está na berlinda mesmo apresentando porcentagens positivas nesta [até então] curta passagem no clube. E estatística sozinha não ganha jogo e nem garante cargo no futebol. Masse ele vai resistir à pressão e permanecer na liderança do rubro-negro, só tempo e as bolas na rede nos dirá.


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7 COMMENTS

  1. O SMV continua um lixo, não reformularam nada e sequer contrataram uma consultoria ou fizeram um estudo detalhado para definir o melhor modelo (inclusive porque o Diretor de Marketing nunca foi Diretor de coisa nenhuma). Terceirizaram o SMV e o site ainda tem o patrocínio da Puma, por exemplo, “mataram” o Plano Leão e cobram 40 reais o ingresso (era melhor dar 50% de desconto pro Plano Bronze/Leão e permitir a compra pelo site, como fazem Palmeiras e outros). São uns amadores, erraram em tudo, não tem projeto de Arena, não fizeram uma benfeitoria, destruíram a base, gastaram o dinheiro em jogadores bichados e em rescisões trabalhistas, aparelharam a instituição, pioraram tudo que colocaram a mão, e ainda assinaram contratos temerários com Futebol Card e empresas de Conselheiros. Enfim, uma grande vergonha, sempre fui contra esses caras mas nunca imaginei que seriam tão medíocres (no mínimo) e que usariam o clube como trampolim. SAIAM DO CLUBE, O VITÓRIA NÃO PRECISA DE VCS!!!

  2. Falastrão, garganteiro e velho “conhecido” no conselho, há muito tempo todos já sabiam que Ivan e seu grupo era tragédia anunciada. Como sabia da sua rejeição, falta de liderança e incompetência, bancou ($$$$) o programa de rádio de Sinval, para ter seu incondicional apoio e consequente eleição para presidente. O ex-gestor de “futibó”, a cada dez palavras, onze era o nome do Prof. Ivan. Sob o patrocínio e apoio logístico do sindicato dos bancários (Augusto Vasconcelos – PC do B) entraram vários sócios torcedores, inclusive pessoas vinculadas a outros clubes. Através do Dep. Federal do PT, Robinson Almeida, contrataram o marqueteiro do governo, Sidônio Palmeira (ex-jahia), para coordenar a campanha. Junte-se a tudo isso, pessoas conservadoras, ex-conselheiros excluídos e ex-dirigentes para completar a turma. Alguns com interesse em palanque político e outros com interesses exclusivamente pessoais. Essa “mistura” totalmente heterogênea só podia dar no que deu e vai piorar. O pior que aconteceu foram essas eleições no clube. Elegeram o pior para o nosso Vitória. Éramos felizes e não sabíamos. Volta logo Alex Portela.