Em meio ao mau posicionamento na tabela, além da incessante luta contra o incômodo jejum em casa, o Rubro-Negro entrou em campo para enfrentar o perigoso Palmeiras. A declaração de Correia já dava pistas do que se veria na noite desta quarta-feira: um time mais recuado e aguerrido nos noventa minutos.
Mancini organizou seus comandados num 4-1-4-1, com Soutto entre as linhas, Welison e Correia no centro, Yago e David pelos cantos, além de Tréllez no setor ofensivo. Mesmo com o novo desenho tático a maior novidade foi a intensidade e jogadas altamente verticais, ainda pouco vistas nos jogos em Salvador. A equipe ficava pouco com a bola mas levava perigo ao adversário, explorando a velocidades dos seus meias/atacantes abertos e do seu centro-avante.
O momento defensivo foi caracterizado por linhas bem mais baixas, compactadas e a utilização constante do contra-ataque. Cada retomada de bola no setor intermediário significava perigo para a meta de Fernando Prass. Mesmo com um momento de desatenção (erro de posicionamento na primeira linha), a equipe conseguiu se equilibrar e manter a ideia de jogo até o sem final. O time paulista continuou pressionando, principalmente após a expulsão de Correia, mas o Leão suportou bem e levou os 3 pontos.
Foi o momento em que a receita que dava resultado fora funciona em seus domínios. Menor posse (26%) e mais objetividade, sendo cirúrgico e decisivo. Esta ideia poderia ter sido utilizada muito antes, o que poderia ter significado mais pontos dentro de casa. Agora restam 5 jogos, 15 pontos em disputa e 7 necessários para a redenção do Vitória. Jogar com inteligência, com intensidade e espantar a crise de vez.
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