Foi um jogo estranho em todas as circunstâncias. O clima criado pela Ponte Preta foi vida ou morte e o Vitória foi preparado para tal: hospedagem em um hotel fora da Campinas com medo de fogos no meio da noite, presença de Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana de Futebol e contratação de seguranças.
Mas nada disso teria dado resultado se Rodrigo não tivesse perdido a cabeça. Até aquele momento, o jogo era da Ponte: 2 x 0 no placar, Vitória abatido e estádio apoiando.
A expulsão do experiente zagueiro ficou completamente a partida: os companheiros sentiram o golpe, a torcida também sentiu. Mancini foi ágil e mudou o time: sacou Ramon e colocou Carlos Eduardo para circular pelo campo.
Apesar de ter mais posse de bola, o Vitória não conseguiu criar. Por outro lado, a Ponte teve mais duas oportunidades, mas Fernando Miguel salvou.
No final do primeiro tempo, David sentiu e André Lima entrou. Aí o Vitoria mudou de vez: Dois centroavantes na área e muito vontade. Na base da pressão, o empate veio.
A virada teve o toque de Mancini: tirou o inoperante Neílton e colocou Danilinho. O jogador de melhor custo benefício do Vitória: Num contra-ataque, deixou Trellez livre para marcar.
Não demorou muito para que a torcida da Ponte Preta invadisse o campo de jogo. Pior para eles: vinte minutos depois, a arbitragem encerrou o jogo e o time campineiro caiu.
Para o Vitória, a decisão será no Barradão. Contra um adversário precisando de resultado para garantir a Libertadores (Flamengo) e sem três titulares (Wallace, Geferson e Trellez). Mobilização precisa continuar.