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VIT 1 X 1 BAH: Detalhes tiram a vitória das mãos do Leão no clássico

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Um dos jargões futebolísticos mais utilizados pela imprensa esportiva faz jus ao placar de 1 a 1 na partida entre Vitória e Bahia no Barradão nesta quarta-feira (02). O clássico é decidido nos detalhes.

Nem sempre acredito nessa máxima. Muitas vezes, um time demonstra superioridade frente ao outro em campo e merece a vitória, que acontece, em algumas vezes, por larga vantagem.

Mas o primeiro e talvez único Ba-Vi do ano concretizou essa máxima. O duelo mostrou equilíbrio em muitos momentos, com ligeira vantagem para atuação rubro-negra, que teve o jogo na mão após abrir o placar e desperdiçou a chance de sair com o resultado favorável.

O técnico Dado Cavalcanti fez apenas duas mudanças na equipe que perdeu para o Jacuipense: Mateus Moraes, suspenso, deu lugar a Ewerton Páscoa, e Vicente substituiu Salomão na lateral-esquerda. Da equipe sugerida no último Radar dos Estreantes, faltou apenas a entrada do atacante Jeferson Renan no lugar de Gabriel Santiago, deixando de lado a formação 4-1-2-1-2, com losango no meio e substituindo pelo tradicional 4-3-3 rubro-negro.

Confesso que ainda não estou convencido dessa formação que Dado vem insistindo. Durante o Ba-Vi, ficou claro que o Vitória perdeu muito na saída de bola, quando a equipe fica disposta em um 3-4-3 e utiliza de muitos lançamentos ou passes perigosos pelo chão para cortar as linhas de marcação dos adversários. Sinto que falta aproximação de meias para construir as jogadas ofensivas, já que Jadson fica muito lá na frente e Gabriel Santiago vem aparecendo mais como um ponta, deixando Eduardo sobrecarregado na criação. A meu ver, recuar Jadson ou o seu substituto Alan Santos (com mais pulmão do que o primeiro) para buscar o jogo pode ser benéfico para o setor ofensivo.

Dito isso, gostaria de falar que o Vitória fez a sua melhor partida até então. Nos dois tempos, o Vitória criou oportunidades para sair vencedor, mesmo Dado tendo mudado bastante a equipe. Mas vamos aos detalhes que mantiveram o empate no marcador:

1) Pênalti desperdiçado

Não dá para passar por essa análise sem falar do pênalti perdido por Guilherme Queiroz. O chute por cima do gol, mesmo com o goleiro caindo primeiro, foi frustrante para todos os torcedores rubro-negros. O atacante inclusive perdeu muitos pontos com a camisa do Leão desde a primeira partida, em que marcou gol, até então. Vem caindo de produção.

2) Bobeira na zaga

O zagueiro Ewerton Páscoa, mais uma vez, chegou atrasado na marcação do atacante. Assim como no último jogo, quando subiu atrasado para cabecear, o beque ficou assistindo o lance, enquanto Rodallega se posicionava para pegar o rebote do goleiro. Aí não pode.

3) Ímpeto para o desempate

O Leão tomou o gol de empate aos 24 minutos do segundo tempo. Depois daí, Dado fez algumas alterações para manter o ímpeto da equipe. E as mudanças, dessa vez, deram resultado, vide o pênalti sofrido pelo reserva Roberto. Porém, depois do fatídico lance, o Leão continuou com a posse de bola e o controle do jogo. O Bahia parecia cansado e a marcação frouxa. Entretanto, o Vitória não conseguiu mais chegar ao gol com tanto perigo. Talvez se apertasse um pouco mais, o gol sairia.

Agora, é ajustar e treinar bastante até o próximo jogo contra o Vitória da Conquista, daqui a 10 dias. A competição está afunilando e o Vitória precisa vencer os próximos jogos. É aguardar e torcer!


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