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VIT 3 X 1 BRA: Deus me livre não ser Vitória

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Quando os atletas rubro-negros entraram no gramado com a camisa com a frase: Deus me livre não ser Vitória, já estava (literalmente) escrito. Era dia de classificação rubro-negra no Barradão.

Os mais de 30 mil torcedores presentes ao estádio na tarde/noite do sábado (13) viveram momentos de angústia e explosão de alegria em mais um dia de torcedor. Com mudanças forçadas, o Vitória foi a campo com Yuri Sena, Alemão, Marco Antônio, Alan Santos e Sanchez; João Pedro, Dionísio e Eduardo; Rafinha, Luidy e Tréllez para enfrentar o Brasil de Pelotas, que também precisava vencer e ainda torcer por uma combinação de resultados para escapar da Série D.

E a partida começou com muita tensão e trocação. O Brasil não se intimidou com o estádio e foi para cima, apertando o time rubro-negro para dentro do seu campo. O lado esquerdo defensivo do Vitória demorou de se encontrar e deu muito espaço para as investidas gaúchas. O volante João Pedro também me pareceu atordoado na marcação e com a bola no pé, dificultando tanto na parte defensiva como ofensiva. Falando no ataque, a produção esteve em baixa e as chances mais perigosas até o primeiro gol foram de chutes de média e longa distância.

Nesse contexto, surgiu uma falta ainda na intermediária de ataque e a disposição de Eduardo na cobrança, já mandando os atletas da zaga irem para o ataque, anunciava o que estaria por vir. Um chuveirinho na área que comprovou a qualidade de Eduardo na cobrança. Um passe lindo para o zagueiro Marco Antônio, no segundo pau, subir livre e cabecear no cantinho. Festa no Manoel Barradas. Aquele clima de tensão passou e a torcida explodiu de alegria e alívio. Era o Vitória classificando na última rodada da Série C.

Mas o enredo dessa história continuou e o Brasil continuou como franco atirador e a torcida clamava para o fim do primeiro tempo. Os ajustes viriam de uma das peças mais importantes do Leão no ressurgimento: João Burse. Na virada do primeiro para o segundo tempo, o treinador conseguiu ajustar o sistema de marcação e dá mais tranquilidade aos atletas. Na frente, com um Brasil já desesperado, as chances se multiplicaram. Numa dessas, Tréllez aciona Rafinha que bate entre as pernas do zagueiro do Brasil. Mais um do artilheiro rubro-negro!

Pontos de evolução

Naquele momento em que está tudo bem, a partida controlada, é que veio o baque que acende o alerta nos torcedores. Bola veio na área e o atacante do Brasil sobe livre no primeiro pau para cabecear. Alemão ainda tenta tirar, mas não evita o gol de desconto. 2 a 1.Já é o segundo gol seguido que o Leão sofre em bola aérea. Um ajuste necessário na defesa precisa ser realizado para esses momentos.

A sorte é que o Leão foi rápido e feroz. Poucos minutos depois, em mais uma bola aérea ofensiva, Alemão cruza e Marco Antônio completa para decretar de vez a classificação do Vitória em sétimo lugar. Só alegria no Barradão.

Agora, o Vitória ainda tem muito pela frente para conquistar o acesso. Se a parte tática está ajustada graças ao novo comandante, é preciso trabalhar o psicológico dos atletas para as partidas decisivas que estão vindo a caminho. A equipe esteve muito nervosa, em especial no primeiro tempo, errando bolas pouco prováveis em jogos anteriores. Além disso, atenção máxima na bola aérea defensiva e também na liberdade dos atletas adversários no segundo terço. Como Eduardo sobe na primeira linha de marcação, os volantes precisam estar atentos aos avanços e os atacantes de beirada como Luidy e Rafinha, ainda mais na dobra de marcação pelas laterais.

Ao final, vale agradecer a todos os atletas, comissão técnica e, especialmente, a nação rubro-negra pelo lindo apoio ao clube nesse momento difícil! Acredito que nada seria possível sem esse abraço rubro-negro no elenco! Agora, é torcer ainda mais pelo acesso!


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