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Alvinho… o “Barriga Mole”

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O futebol na Bahia, assim como muitas outras coisas, carrega uma essência ‘jorgeamadiana’. Se nas obras do itabunense, seus personagens representam a cultura baiana em seus mais singelos modos de ser, não poderia ser diferente nas histórias reais vividas desde as arquibancadas do Campo da Graça. Afinal, todo jogador tem um pouco de capitão de areia no sangue.

Afora o campo, são os personagens das gerais que tornam o futebol popular, folclórico e com um exímio caráter de regionalidade. Assim ocorreu com o Vitória e seus torcedores-símbolos. Um dos mais renomados, Álvaro Ribeiro dos Santos, o Alvinho ‘Barriga Mole’ faleceu no último mês aos 89 anos. Relembrado por uma imensa geração de torcedores que observou o ressurgimento da Leões da Fiel na década de 80, a torcida praticada por ele envolvia o ato de ir ao estádio sempre acompanhado da imagem do ‘Padre Cícero’.

Alvinho começou a frequentar os jogos empunhando seu fiel sacerdote no ano de 1988 e graças aos bons campeonatos rubro-negros na década de 90, sua crença continuou sendo praticada onde quer que o Vitória jogasse. Na Fonte Nova ou no Barradão, lá estava ele marcando também a presença espiritual do padre. Conta-se que desde os anos 70, Alvinho enquanto um dos principais chefes de torcida do Leão, era um dos grandes nomes rubro-negros em assuntos de superstição. “Em 74, até um bode eu levei a Fonte Nova para ‘amarrar’ Baiaco e Fito, que eram os dois melhores jogadores do Bahia”, disse ele certa feita para a Revista Placar.

Contanto, ele ficou conhecido também por atravessar o gramado do Barradão por muitas vezes de joelhos. Seja com o Vitória campeão baiano ou até mesmo em outras conquistas, seu fiel ato de fé era sua marca registrada para agradecer a glória rubro-negra. Certamente, torcedores como Alvinho não se fazem mais e seu tipo de torcida não é mais aquela que é casualmente praticada. Ainda assim, o legado do ‘Barriga Mole’ é de fato um exemplo de amor pelo Vitória.

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