Contra o América/RN, o Vitória completou o seu quinto jogo na temporada 2015. Nos cinco jogos, o rubro-negro venceu três, empatou uma e perdeu uma partida. Marcou sete gols, sendo cinco na Copa do Nordeste e dois no Campeonato Baiano e sofreu três gols, os três no Nordestão, um de cada adversário. Dos sete gols, cinco foram contra o mesmo time: Serrano.
Era previsto que o América/RN daria mais trabalho nesse começo de temporada. Seria um teste para o Ba-Vi, o único contra um adversário da mesma série até o final de março. O time americano não forçou o jogo, esperou os erros do Vitória e foi premiado com vários erros de posicionamento, passes e finalizações, que poderiam custar, ao rubro-negro, a segunda derrota na temporada.
Drubscky tinha duas opções para formar o ataque: um velocista e a dupla de canhotos: Jorge Wagner e Escudero ou dois velocistas e um canhoto. Optou pela segunda para manter as principais características apresentadas pelo time diante do Serrano: Intensidade, velocidade pelos flancos e compactação. O pensamento foi certo, mas a escolha não.
Com ocasião de jogo, ele teve oportunidade de observar o time com o mesmo adversário com cada um dos meias canhotos: Escudero e Jorge Wagner. O Vitória venceu as duas, mas teve apresentações diferentes. Com Jorge, o rubro-negro tinha mais posse de bola, mas perdeu o meio-campo a medida que o camisa 10 foi cansando. Já com o gringo, o Leão manteve o nível e o argentino vem numa crescente.
O Vitória não produziu no primeiro tempo. Do quarteto ofensivo, Rogério foi o melhor ao se movimentar. Jorge Wagner não chamou a responsabilidade de armar e Vander estava apagado. Neto, naturalmente dependente do trabalho dos meias, teve poucas oportunidades e perdeu as que achou. Defensivamente, a retaguarda sofreu com os recuos de Max e a velocidade de Thiago Potiguar.
A vantagem rubro-negra, construída com um gol contra (espírita) do América/RN, terminou num erro coletivo da retaguarda. Thiago Potiguar arrancou do meio de campo sem que ninguém se aproximasse, Cascata no flanco, tirou a atenção de Saimon. Max se projetou e recebeu no meio dos zagueiros. Saimon não quis cometer o pênalti, tentou bloquear o cruzamento, mas falhou. Ednei tentou cortar e deixou para Thiago Potiguar completar a jogada. Um contra-ataque iniciado no campo ofensivo na subida do lateral Nino.
Sem Rogério machucado, Drubscky optou por Escudero. O gringo aberto pela esquerda, Jorge Wagner centralizado e Vander pela direita, o Vitória deu uma leve melhorada, suficiente para fazer o gol do triunfo. Apesar de ter um jogador a mais, o rubro-negro sofreu pressão do América/RN por não saber girar a bola para gastar o tempo, fruto do cansaço de Jorge Wagner, que numa situação esdrúxula, se tornou volante para Amaral armar o jogo pelo centro.
Apesar da apresentação muito longe de ser convincente, o Vitória apresentou alguns aspectos animadores. Subidas alternadas dos laterais, lampejos de compactação defensivas, trocas de passes com objetividade. O trabalho de Drubscky é encontrar o equilíbrio para o crescimento do time.
NOTAS: Fernando Miguel (6), Nino (5,5), Saimon (5,5), Ednei (4,5), Euller (5) (Mauri (5)); Amaral (5), José Welison (6,5), Jorge Wagner (5,5), Vander (5); Rogério (5,5) (Escudero (5,5)); Neto Baiano (5) (Élton (5,5)); Drubscky (5)