Mais uma vez, o torcedor do Leão está decepcionado com a partida que fez o Vitória neste sábado contra o Confiança, no Batistão, em Sergipe. O empate deixa o Rubro-Negra a beira do precipício da Série C e, a cada atuação, o cenário se torna mais desanimador.
Nesta semana, o técnico Ramon Menezes pode treinar a sua equipe sem pressão. Não tinha jogos no meio da semana e a expectativa era que o Leão viesse com sangue nos olhos para vencer o Dragão sergipano. Ledo engano.
Ramon inovou na escalação: Não veio com os três zagueiros, como era o costume dos jogos fora de casa. Mas veio com três volantes (João Pedro, Fernando Neto e Pablo Siles) e João Victor ao lado de Wallace na zaga. Os últimos jogos de João Victor em nada agradaram a torcida, contando com falhas significativas a favor dos adversários. E, mesmo com Marcelo Alves disponível, Ramon optou pelo atleta. Não deu para entender.
Não demorou e a fragilidade defensiva apareceu. Em jogada com falhas de João Victor e Wallace que não inteceptam a bola e Pedrinho que não acompanha Daniel Penha, o meia azulino cabeceia livre para vazar o gol de Ronaldo.
O gol do Confiança parece que acordou o Leão, que passou a controlar a posse de bola. Em jogadas pela esquerda, a bola sobrou duas vezes na área para Fernando Neto (e depois Dinei) e Bruno Oliveira tentarem e não acertarem o gol de Rafael Santos. O empate saiu dos pés de Pablo Siles. Um dos poucos com regularidade no meio campo do Leão, o uruguaio apareceu para deslocar o goleiro em chute da entrada da área.
Mas a tônica rubro-negra seguiu a mesma dos últimos jogos. Pouca criatividade e muitos erros de passe. Bruninho e David não fizeram boas partidas e a bola não chegou para o centrovante Dinei.
Expulsão duvidosa
No segundo tempo, o Dragão modificou a equipe e melhorou no jogo. Caíque Sá (aquele mesmo que jogou por aqui) fez o que quis no fraco setor defensivo do Leão, especialmente no lado esquerdo da defesa. Em algumas oportunidades, Ronaldo teve trabalho para segurar o ímpeto sergipano.
Mas foi com a expulsão duvidosa de Pablo Siles que o jogo ganhou contornos ainda mais dramáticos para os leoninos. Pablo disputa com o ombro a bola com Gustavo Ramos. É nítido que não há falta no lance. Mesmo assim, o árbitro Paulo Henrique Schleich Vollkopf expulsa o atleta.
“Empatória”
Com a expulsão, o Vitória se fecha em busca de manter o empate no placar, que, aquela altura, com um a menos, estava de bom tamanho. Ainda assim, o Leão ainda teve chance com Eron aos 35 do segundo tempo. Em boa jogada de Soares, ele recebe livre e não consegue finalizar para o gol. Resultado: mais um empate.
Já é o quinto empate do Vitória na competição. É o time que mais empata, junto com Ponte Preta (17º) e Cruzeiro (14º) na tabela. Empatar nunca foi vantagem e o Leão sabe disso. Nos últimos anos, a sina de muitos empates deixou o torcedor sofrendo até o fim para não cair para Série C. Que esse ano seja diferente. Ainda há tempo!