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A democracia jamais será a culpada

O processo democrático não tem culpa pela falta de resultados no campo

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Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória

O Vitória foi a campo contra o arquirrival e dessa fez foi humilhado. Uma derrota acachapante de um time desorganizado e sem poder de reação. Pelo visto, a pré-temporada durante a Copa do Mundo fez mal ao time. Vagner Mancini parece ter piorado o que já estava ruim e, de maneira incrível, o time regride assustadoramente. A paciência do torcedor do Vitória acabou.

No day-after do fatídico clássico, pude conversar com alguns torcedores nas ruas que, cheios de ódio, pediam a saída do treinador. Absolutamente normal após a sequência de resultados negativos, e principalmente, em Ba-Vis. São nove jogos sem vencer o rival e pior: é a quinta derrota de Mancini em clássicos. Isso pesa. Prestigiado e com contrato até o fim do ano, ele segue no cargo. A multa rescisória está na casa dos R$ 1,5 milhão.

Não sei se Ricardo David tem uma relação pessoal com Mancini, também não me interessa. E caso exista, é necessário saber separar muito bem as coisas. A maior falha do gestor é a demora ao tomar atitudes drásticas. O exemplo mais recente foi com o hoje ex-diretor de futebol Erasmo Damiani, que pouco ajudou. A relação entre Vagner Mancini e o torcedor está desgastada: o time treina e não evolui. O resultado é que o trabalho não vem dando resultado. E aí, falta mais o que?

Concluo dizendo aos torcedores que se o clube desde o ano passado vem mal em termos de resultado e gestão, a culpa não é do processo democrático e sim dos eleitos. Quem vota quer o melhor para o Vitória. Como na política partidária, democraticamente a maioria elege e somos geridos pelo escolhido. Ao invés de culpar a democracia, se associe e escolha aquele que você melhor avaliar.

 

 


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