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A união faz a força

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Foto: Álvaro Lemos/Reprodução

Por Fernando Koch

Ultimamente, tenho me perguntado o que falta para o nosso amado clube deslanchar. Por mais simplória que seja a resposta, não há como negar que, o que sobra em outros clubes falta, em demasia, no nosso. Me dói pensar que uma palavra tão pequena e de uma força tão grande (não estou falando de fé, pois essa é inabalável), possa afetar tanto uma instituição centenária como a nossa. Sim, estou falando de UNIÃO. A falta dela, no Vitória, só aumenta a crise instalada no clube desde o rebaixamento de 2014.

Parece que estamos acorrentados a sucessivas crises “politicas” e fadados a um caos eterno. Há, até, quem diga que é espiritual. Pode ser, até porque, vivemos no estado onde sincretismo religioso é mais pujante mas, diante de tudo que já vi e vivi, prefiro acreditar que não. Comungo da ideia que o amor ao Vitória deve ser maior que as vaidades humanas. Não é possível que, ao passar do “portão 16”, se perca aquela paixão pura, que sempre nos trazia as melhores lembranças e nos guiava para um futuro glorioso.

Nossa torcida, naturalmente, está cansada. E não me refiro ao sócio-torcedor somente, mas à grande massa rubro-negra. Sim meus amigos, precisamos pensar que o Vitória não é exclusividade de alguns poucos sócios, que briosamente conseguem se manter associados diante de tantos problemas e sem nenhuma contrapartida. A vocês, meu total respeito. Sei das adversidades impostas pela vida para conseguirmos nos manter como sócios porém, o Vitória não é só nosso, ele é plural. O Vitória é de todos. Ou pelo menos, deveria ser.

Penso, com toda a pureza no coração, que nosso clube só voltará ao lugar que, merecidamente já ocupou, se toda a sua torcida “se fechar” e focar num só objetivo. É inadmissível que em dias atuais, e com a empatia aflorada, que deixemos nosso clube se afundar em crises e tenha a imagem da instituição arranhada, completamente sem credibilidade. Não venham me dizer que é normal termos 6 presidentes de 2014 para cá. Criamos a cultura de “o resultado do campo” não dá certo, muda o presidente. Entendo que, quando a saída se dá por motivos de foro pessoal, ela se torna inquestionável. É duro constatar isso, mas viramos uma máquina de moer reputações. Hoje, qualquer rubro-negro pensa mil vezes antes de se candidatar à presidência do clube. Não me refiro aqueles folclóricos, mas aos rubro-negros que têm sim,  capacidade comprovada para contribuir com a instituição. Essa máquina de moer impede o surgimento de novos nomes e só prejudica nosso clube, pois ele entra num ciclo vicioso que “esse” ou “aquele” seja sempre o salvador da pátria.

Chegou a hora de darmos um freio nessa prática e nos unirmos antes que seja tarde demais. É fundamental o fortalecimento da nossa democracia e do nosso quadro de sócio. Não dá para ser ingênuo e acreditar que a política do Vitória irá acabar, até porque democracia e política andam de mãos dadas. Enquanto o clube for democrático, e defendo que continue, para se escolher seus gestores, haverá política. O que prego é, passado o período eleitoral, que sejamos todos VITÓRIA.

Por isso desejo, do fundo do meu coração rubro-negro, que possamos nos unir, esquecendo as vaidades e o orgulho, em prol do nosso amor maior: o ESPORTE CLUBE VITÓRIA.

Um abraço a todos! SRN

Fernando Koch, Rubro-Negro apaixonado, Administrador de Empresas e Empresário.

Fala, Rubro-Negro! é uma coluna de opinião de torcedores. Seu conteúdo é de responsabilidade dos signatários e não necessariamente representa o que pensa o Arena Rubro-Negra.


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