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Grito de glória: do inferno ao céu diante de uma torcida que canta e vibra

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Nós já sofremos muito em um passado recente. Mais precisamente meado do ano passado, não faz muito tempo. Sofremos juntos no Barradão no gol do Botafogo-SP aos 44 minutos do segundo tempo pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. Resultado este que colocou o Vitória na porta da Zona de Rebaixamento para a Série D. “Acabaram com o meu Vitória!”, exclamou um torcedor ao final da partida, prevendo a segunda queda consecutiva – desta vez para a última divisão de acesso. O fundo do poço. Lembro bem deste dia. Saída fúnebre do estádio. Como puderam fazer aquilo com o Vitória?

Os 2% de chances para o acesso para B naquela época, logo após este fatídico resultado, não eram nada perto de outro número: mais de 50% de chance de cair para a última divisão do futebol brasileiro.

Na 16ª colocação, a primeira fora da zona de rebaixamento para a Série D, via-se um baqueado Vitória. Os matemáticos mais conceituados do País, oriundos de universidades federais e academias das mais conceituadas mundo afora, apontavam o destino do Rubro-Negro baiano na competição: brigar para não cair.

Para ser exato com os números: 2,6% de chance para o quase impossível acesso. Frisa-se “quase”. O próximo capítulo desta história eu vou pular, vocês já estão cansados de saber o que aconteceu. Quase um ano e meio depois, o time que lutava com todas as garras de Leão contra o rebaixamento para a última divisão do futebol brasileiro conquista um feito inédito e histórico.

A torcida que viu o pior Vitória de todos os tempos e continuou lá, presenciou quedas no Brasileirão e campanhas humilhantes e vergonhosas na Copa do Brasil e do Campeonato Baiano nos últimos anos, merecia e merece ser muito feliz.

Clube foi campeão brasileiro da Série B, vai disputar a elite em 2024 e ainda conseguiu a única vaga para a Copa so Brasil que podia conquistar. Do inferno ao céu em menos de dois anos. A força que puxou o Vitória para cima no final de junho do ano passado se chama TORCIDA, a que canta e vibra. Essa aí o Leão da Barra deve tudo. Impossível acabar com o clube enquanto existir os torcedores rubro-negros.

Em meio aos ecos ensurdecedores do Barradão, entre lágrimas de alegria e abraços apertados, o Vitória escreveu um novo capítulo na história do futebol brasileiro em 2023. Renasceu das cinzas para vencer. O rugido das arquibancadas ecoou pelo país quando o clube conquistou não apenas um título, mas um feito histórico que reverberará eternamente nos corações de nós, torcedores apaixonados.

Líder de ponta a ponta (dentro da margem de erro) da Série B, eu vi muitos novos torcedores no Barradão. Que bom. Vejo jovens apaixonados e fico muito feliz. A torcida que sofreu tanto merecia crescer e se fortalecer.

Nesta narrativa emocionante, mergulhamos nas profundezas da jornada épica do clube, explorando os momentos de glória, desafios superados e a força inabalável que finalmente trouxe o título para casa. Esta é a história de como o Vitória se superou e se tornou o campeão nacional da Série B, deixando um legado e um recado no mundo do futebol brasileiro: 2% é suficiente para quem tem fé e torcida.

No cenário fervilhante do futebol brasileiro, poucas histórias são tão inspiradoras quanto a jornada da torcida do Vitória nestes últimos ano. Na pior fase da história ela estava lá. Uma saga que não é apenas sobre vitórias e derrotas, mas sobre paixão, perseverança, dedicação inabaláveis e uma volta por cima colossal.

Anos de devoção, amor incondicional e inúmeras noites mal dormidas aguardavam ansiosamente por um momento mágico, um momento que finalmente chegou: o retorno para elite como campeão.

A emoção contida em mim neste momento não pode deixar de registrar a gestão de Fábio Mota. Ninguém queria assumir um clube atolado em dívidas, na Série C, com uma torcida grande cobrando. Conversei com alguns ex-dirigentes, políticos do alto calibre e rubro-negros, e escutei na época: “Vitória não tem jeito. Afundado em dívidas”, disse um deles.

O atual presidente foi persistente, sofreu pressão e apagou um grande incêndio. Não tenha dúvidas: tinha que ser ele o presidente do primeiro título nacional. Mota tem experiência em situações embaraçosas. Assumiu as pastas mais complicadas e impopulares da gestão pública. Se acostumou a trabalhar sob pressão. Talvez, só agora (ou a partir de agora), depois anos de vida pública, Mota poderá surfar na sua alta popularidade com uma aprovação beirando à unanimidade. Raro.

A história ainda não acabou. O clímax desta ótima dramaturgia da vida real ainda não chegou. Se depender do seu torcedor, o Vitória ainda vai alcançar voos cada vez mais altos. Mas uma coisa é certa: a torcida que canta e vibra sempre estará lá para ajudar. ATÉ ANO QUE VEM, SÉRIE A!

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