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História do Elas na Bancada

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Como toda boa história, irei começar falando como Elas na Bancada começou. Duas mulheres que amam futebol e o Esporte Clube Vitória, uma fã de Willian Farias e a outra de Neilton (nem vem cornetar, viu?). As duas com um Instagram super ativo e participativo nas redes sociais do clube, só teve um resultado: amizade virtual. Como boas frequentadoras dos jogos, marcamos o encontro lá no Barradão, com o gostinho mágico que só o Santuário consegue nos passar. A sintonia e a vontade de incentivar o clube eram iguais. Foi quando a Clara, minha parceira, me chamou para dar a ideia da criação da página. Não precisei pensar, só concordar. A página foi criada em 18 de agosto de 2017 e supriu todas as nossas expectativas.

A página foi criada em uma época muito difícil para o torcedor Rubro-Negro, com o intuito de lembrar os momentos bons. Por lá raramente você verá cornetada (por mais que a gente queira), não é o que queremos ressaltar. Queremos que a torcida lembre a sensação de ir ao estádio e faça um esforço para isso acontecer. Trazemos notícias, sempre apuradas e com cuidado na hora de divulgar. Falamos do futebol feminino e fazemos esforço para acompanhar todos os jogos delas. Além de trazer atualizações sobre as categorias da base. Não importa o momento, a nossa intenção sempre será mostrar o quanto a nossa torcida é incrível. Quando a gente se une, não tem nada mais bonito. Em momentos difíceis, acabamos esquecendo de lembrar dos dias mágicos. É aí, então, que a gente entra. A página é um sonho, que se tornou realidade. Mulheres, na arquibancada que discutem sobre futebol com toda liberdade possível. Tinha como ser melhor?

Elas na Bancada, nome óbvio, mas que ao mesmo tempo traz muita história. Sim, nós duas estamos sempre na arquibancada do Barradão. Porém o nome remete a todas as mulheres que queiram se sentir representadas. A intenção da página é sempre trazer um lado positivo para o torcedor e fazer com que as mulheres se sintam livres para ir ao estádio. Os laços criados na página nos renderam uma família, que comemora cada conquista com a gente e que sabe gritar muito lá no Barradão (pensa nos sustos que já levamos).

Chamamos de família porquê eles abraçaram a gente e nos dão toda força e suporte. Eles que nos mantém aqui, fazendo tudo para aproximar o clube da torcida e transmitir as sensações do nosso santuário. A nossa maior Vitória é receber mensagens de outras mulheres que dizem se sentir representadas por nós ou que começaram a ir ao estádio após nos conhecer. Somos uma fonte de notícia, diário de torcedor, uma página de luta contra o machismo e de representatividade. E ás vezes, somos Pilar Andrade e Clara Daltro, mas isso é raro. Normalmente ouvimos gritos de “Elasnabancada” e o sorrisão sai automaticamente. É uma identidade, a nossa identidade. E ficamos orgulhosas por sermos conhecidas assim.


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