Início Artigos Fala, rubro-negro Torcedor desabafa sobre “amadorismo” no SMV

Torcedor desabafa sobre “amadorismo” no SMV

0

Nada deu mais vergonha de ter votado nesta diretoria do que o ocorrido na entrada do Barradão neste Vitória 2 x 2 Fluminense.

Esqueci meu cartão de sócio, ininterrupto há 10 anos. Sorte que cheguei uma hora antes da bola rolar, porque tive que pegar fila no sol com meu filho de 4 anos e pagar R$10 por uma 2° via. Mas entrei com um ingresso, porque a 2° via não estava válida (?).

Um problema operacional simples, que poderia se resolvido na catraca por meio de um notebook ali presente com todos os dados dos sócios. Aliás, o sistema impede que um sócio entre duas vezes no mesmo jogo.

O pior ainda está por vir, quando fui no guichê, a responsável pelo setor, Milena Matos, me tratou com indiferença e sorriso de canto de boca, aquele ar de pose superior. O que eu representava ali? Nada. Um número, um cliente, uma fonte de renda. Os seus chefes devem a elogiar, fez o “certo”, gerou mais lucros pra empresa. Nenhum momento tentou usar uma justificativa, um alento ou conforto. Só o “não pode”. Ela estava ali como se fosse um call center qualquer, não aparentava nenhuma compreensão do que é ser torcedor. Falei que votei nesta diretoria pra eu e qualquer outro ser tratado com dignidade, e ela continuava indiferente.

Apesar de todos os erros, a perpetuidade aristocrática, o amadorismo… nutria minha eloquente e por vezes solitária defesa na arquibancada com a justificativa que o torcedor merece ser visto como sujeito, com respeito, e que a diretoria caminhava nesta direção. Mero engano.

Não vou deixar minha paixão de lado por causa de vocês e tantos outros tão ruins que estavam no passado. Misturam aristocracia, amadorismo, e tentam se camuflar em uma terceirização. Dependem da bola entrar, o juiz não empenar…

Enquanto isso, o torcedor continua a ser destratado. Logo nós que tornamos o Vitória uma exceção no futebol brasileiro: um dos times mais constante na história da Série A, mesmo sem título nacional. Sim, é o nosso amor incondicional que permite bons contratos com patrocinadores e emissoras de televisão. É nosso amor que gera emprego para os funcionários do FutebolCard.

Este amor não quer ser tratado como patrão nem como cliente, e sim como um torcedor. Parece que essa diretoria e suas empresas contratadas não entendem isso.

Por Pedro Caribé


Deixe sua opinião