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Barradão 30 Anos: O fator casa e o divisor de águas do Vitória

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O Santuário é sem sombra de dúvidas um dos maiores marcos na história do rubro-negro baiano. Pode-se afirmar que existem dois períodos na história vermelha e preta: o “A.B” ( antes do Barradão) e o “D.B” (depois do Barradão).

Antes do Manoel Barradas ser oficializado como mando de campo do Leão, o clube tinha apenas uma Copa do Nordeste (1976) e 13 títulos Baianos conquistados ( 1908, 1909, 1953, 1955, 1957, 1964, 1965, 1972, 1980, 1985, 1989, 1990, 1992).

Com a construção do Barradão e todos os seus campos de treinamento, o Vitória ficou mais forte. Contando até os dias atuais, o clube venceu mais 4 Copas do Nordeste (1997, 1999, 2003 e 2010) e se consolidou como o maior vencedor da competição. Além disso, foram 15 títulos Baianos vencidos desde então (1995, 1996, 1997, 1999, 2000, 2002, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2009, 2010, 2013 e 2016).

A força do fator casa não demorou a aparecer. O estádio foi oficializado como mando de campo rubro-negro em 1994, ano em que recebeu a iluminação artificial utilizada até hoje. Um ano depois, em 1995, o Vitória sagrou-se campeão estadual vencendo o Galícia por 1×0 no Manoel Barradas, conquistando seu primeiro título no Santuário.

Foi “Depois do Barradão” que aconteceu o primeiro tricampeonato estadual da agremiação, vencendo em 1995,1996 e 1997. Neste último, ganhou também a Copa do Nordeste, batendo o rival nas duas finais.

A década de 90 confirma a influência direta do Barradão no processo histórico. O Leão venceu seis Baianos em 10 disputados (1990, 1992, 1995, 1996, 1997 e 1999) sendo quatro deles conquistados no período “D.B”.

O ano de 1999 é marcado pelas conquistas do polêmico estadual “dividido” e da Copa do Nordeste. No Brasileiro, o clube ficou em terceiro. O Barradão é protagonista de um dos casos mais curiosos de toda a história do futebol Baiano: o famigerado campeonato baiano de 1999, ano do centenário do Clube. O Leão tinha o direito de escolher onde jogar a segunda partida. Porém, o Itapagipe, a mando do rival, entrou com uma ação na justiça e conseguiu fazer com que as duas partidas fossem disputadas na Fonte, sem consentimento do Vitória. Graças a isso, no dia do jogo, o Leão se dirigiu ao Manoel Barradas e o adversário foi para a Fonte Nova. Em 2005,  6 anos depois, ambos foram proclamados campeões do conturbado torneio .

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O Século XXI e a Hegemonia Rubro-Negra

Mais uma vez o Santuário mostrou sua força. Na primeira década do século, o Esporte Clube Vitória se firma como o clube brasileiro com o maior número de títulos estaduais e regionais. O único ano em que o Vitória não conquistou nenhum troféu foi 2001. Em 2002 e 2003, o clube foi bi campeão baiano e venceu a Copa do Nordeste de 2003.

Em suma: Nos primeiros 91 anos da sua história, o Vitória tinha 13 títulos baianos. Com o diferencial Manoel Barradas, foram 15 títulos estaduais e 4 títulos da Copa do Nordeste em 25 anos. Em nível nacional, foram duas finais (1993 e 2010) e duas semifinais (1999 e 2004).

Problemas de acesso e de estrutura nada representam diante de tamanha história. Comprovada através de números e resultados, é impossível imaginar um clube forte sem o seu lar. A justa alcunha de “maior centroavante da história do clube” reforça que, para nós rubro-negros, nada se compara ao melhor estádio do mundo.

Continua…


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