Uma das principais surpresas da temporada 2013 do Leão, antes mesmo do seu resultado final, foi a apresentação do elenco. Da metade do mês de dezembro de 2012 ao meio de janeiro de 2013 as especulações tomaram conta dos bastidores, redações de veículos de imprensa, comunidades nas redes sociais e rodas de amigos. Tinha gente cravando Nilmar, apontando Herrera e sonhando com Ricardo Oliveira.
No fim da novela a diretoria apareceu com três gringos; o mais conhecido deles, Damian Escudero, era ex-titular do Grêmio e na época esquentava banco para Ronaldinho Gaúcho no Atlético-MG. Maxi Biancucchi, apesar de ser primo de Lionel Messi, tinha no histórico uma passagem apagada pelo Flamengo. E Cáceres… Que ninguém nunca tinha ouvido falar.
O Leão foi para o Baianão tendo como novidade um ex-Bahia ‘xerifando’ o meio-campo do elenco titular, um Lúcio Flávio melhorado como maestro, um trio de gringos, sendo dois deles apostas, e o bom e velho Dinei (depois da saída de Marcelo Nicácio) na frente. Goleou duas vezes o arquirrival, levou a taça com sobras e brilhou no Brasileirão.
O que tudo isso tem a ver com o título da postagem? É que com as especulações de nomes já conhecidos o Vitória conseguiu desviar a atenção de torcedores e jornalistas, blindando as verdadeiras negociações. Logo, conseguiu com calma e sem pressões externas fechar boas contratações que renderam boas campanhas no decorrer da temporada.
Hoje, na tentativa de continuar a política de blindagem nas contratações, o presidente do Vitória, Carlos Falcão, negou durante uma entrevista ao vivo a uma TV local que a contratação do atacante paraguaio Pablo Zeballos esteja concluída. “Estamos conversando e definindo questões salariais”, disse, desmentindo a informação que o Arena Rubro-Negra publicou na tarde desta segunda-feira (6).
Para esclarecer o caso, explico que o pré-contrato do atleta ainda não foi enviado para a assinatura, e por isso a diretoria rubro-negra não confirma a contratação. O empresário de Zeballos, Miguel Gonzalez Zelada, vem a Salvador na próxima quinta-feira. Ele também é empresário do meia Cáceres (que tem contrato com o Vitória até o fim deste ano e pleteia renovação) e negocia com o Rubro-Negro o atacante Julián Benítez, que jogou a última temporada pela LDU do Equador, e o zagueiro Ronald Huth, do Olímpia-PAR (veja matéria aqui).
Infelizmente em 2014 não está sendo fácil para o Leão fugir do assédio da imprensa. O mercado gringo esquentou e a novela ‘Maxi Biancucchi’ levou o nome do Vitória à dimensões não programadas. Na contrapartida das dificuldades reinam as negativas incessantes de Raimundo Queiroz e as desconversas de Carlos Falcão e Epifânio Carneiro. Ou seja, aos trancos e barrancos vamos (nós, imprensa, torcida e afins) vivendo de apostas, apontando Bruno Rangel, supondo Charles e sonhando (?) com Pedro Ken. Qual será a surpresa dessa vez? Vamos esperar pra ver.
Reprodução/ Campeões da Bola
