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Credibilidade não importa

Como a confiabilidade contextualizou o fim da equipe Sub-23 do Vitória

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Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória

A notícia de que a categoria Sub-23 do Vitória foi extinta pegou rubro-negros e jornalistas de surpresa. Todos tentavam entender como o presidente Ricardo David extinguiu um projeto do qual declarou orgulho em diversas entrevistas, inclusive ao Correio há cerca de uma semana. O resultado foi um frisson nas redes sociais.

Na busca por respostas, torcedores apostavam que a decisão foi tomada após os dois primeiros jogos da equipe na Copa do Nordeste; dois empates. O Vitória não vence uma partida desde outubro do ano passado. A indignação foi geral.

Sobretudo porque a atitude revelaria mais um ato de contradição de David, uma das marcas de sua gestão quando comparada à sua campanha presidencial e a expectativa gerada na torcida.

Mas a assessoria do clube agiu rápido e tentou esclarecer a questão. Negou o fim da categoria alegando que alguns dos atletas estavam sendo incorporados ao time principal, enquanto outros, em idade adequada, retornariam para o Sub-20.

Ora pois, de um jeito ou de outro, o Sub-23 do Vitória deixou de existir nesta segunda-feira (21). Mesmo que os atletas incorporados ao profissional integrem um “time B”, um “time alternativo”, o Sub-23 continua encerrado.

Ao Arena, o presidente explicou que a reformulação da equipe está condicionada ao calendário da categoria. De acordo com o ranking nacional, o Vitória está fora do Brasileirão de Aspirantes, mas isso pode mudar com a desistência de times alocados acima.

No entanto, o fato é que Ricardo David passou metade do ano passado e as primeiras semanas deste ano garantindo com todas as letras que “O time Sub-23 irá disputar o Campeonato Baiano”, mas agora, no início da competição, extinguiu, de fato, a equipe.

É, talvez credibilidade não importe mesmo.


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