Início Colunas Memórias do Leão Benjy… o outro nigeriano do Leão

Benjy… o outro nigeriano do Leão

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Em sua história, o Vitória já contou com diversos estrangeiros em seus elencos. Fundado apenas por brasileiros, o Rubro-Negro passou a agregar mais tarde cidadãos espanhóis, portugueses, soviéticos, tanto em seu quadro de sócios, como em seus times esportivos. Na década de 1980, a vinda do nigeriano Ricky, mais precisamente no ano de 1984, mudou os olhares do clube para o mercado do futebol. Ídolo de uma geração, ele conquistou o Campeonato Baiano de 1985 e abriu portas para outro atleta de seu país, o atacante Benjy.

Benjamin Nzeakor nasceu em Port Hacourt-NIG, em 16 de abril de 1964. Durante sua carreira, passou por clubes nigerianos como o Sharks FC e o National. Em 1988, cerca de dois anos após a saída de seu compatriota Ricky, ele foi contratado pelo Vitória. Por conta do último nigeriano que havia pintado na Toca do Leão, a expectativa com a chegada de Benjy estava nas alturas. E até mesmo ele, contribuiu para esse clima.

Benjy em 1990.

Após passar pela burocracia de sua situação de estrangeiro no Brasil, ele chegou a declarar que era melhor que Ricky. Aos 24 anos, Benjy já havia defendido a Seleção da Nigéria junto com o ex-atacante rubro-negro. “Meu nível técnico é melhor, tenho mais habilidade. Só preciso de mais um mês para jogar tudo”, disse Benjy após seu primeiro treino pelo Vitória, em setembro de 1988.

O nigeriano, no entanto, não vingou como esperado. Em sua primeira temporada pelo Rubro-Negro, chegou a marcar gol contra o São Paulo, em um empate em 2 a 2 pela Copa União daquele ano. Já em 1989, apesar de não ter sido o destaque gerado por sua expectativa, sagrou-se campeão baiano, marcando gols na primeira fase na vitória em 3 a 0 sobre o Botafogo-BA e também no BaVi vencido por 2 a 1 no dia 2 de abril.

Neste mesmo ano, Benjy chegou a ser negociado com o Fluminense, mas sua contratação foi vetada pelo departamento médico do time carioca. Ao todo, ele fez mais de 30 jogos pelo Leão da Barra e deixou o clube no início da década de 90, para defender o Deportivo Municipal-PER. Ainda no Brasil, ele jogou no América-RJ, onde encerrou sua carreira futebolística.


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