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Nadson… o Nadgol

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(Créditos: Revista Placar)

Desde que virou referência em futebol de base no Brasil, o Vitória sempre se destacou por suas revelações. Os anos 90 do clube, trazia consigo uma era dourada para as equipes juvenis do clube. Se outrora, o time revelava craques como Bebeto, agora adicionava uma lista extensa em seu currículo de atletas que ganharam os gramados. É neste cenário de apostas nas pratas da casa, que o Leão revelou ninguém menos que Nadson. Craque adorado pela torcida, que ficou marcado pelo apelido de Nadgol nos tempos áureos em que vestira a camisa vermelha e preta.

Nadson Rodrigues de Souza nasceu na cidade de Serrinha-BA, em 30 de janeiro de 1982. Foi com cerca de 20 anos, no ano de 2002 que começara a despontar no profissional do Vitória. No clube desde 1999, ele tinha o costume de jogar futebol desde a infância, na zona rural de sua cidade natal. Foi no mesmo interior baiano, que ele se destacou em torneios locais e até mesmo num teste do Flamengo. O Leão baiano por sua vez foi mais rápido. Sondou o jovem Nadson para levá-lo a Salvador, mesmo com o clube carioca mantendo o interesse. O único impasse era o porte franzino. Os treinadores insistiram na jovem promessa, que confirmou seu potencial com a pelota logo no primeiro campeonato que disputou a frente do clube. 32 gols marcados na categoria sub-17. Dali já se vislumbrava mais uma joia que o Decano estava lapidando.

Á direita, o jovem Nadgol ainda pela base. Confirmava-se como uma promessa desde seu primeiro campeonato. (Créditos: Blog do Newton Mota)

Nos anos 2000, veio a transição para o profissional. Estreou na categoria nos minutos finais de um jogo diante do São Paulo, mas foi em setembro de 2002 que pode pela primeira vez mostrar a que veio. Diante do São Caetano no Barradão, ele novamente entrou faltando pouco tempo para o fim da partida. O placar de 2 a 1 era adverso, mas não pra ele, que driblara quatro adversários e emendou um chute forte para marcar seu primeiro tento. O gol salvou o time da derrota e marcava o início de uma ascensão que não tardaria a acontecer.

Nadson marcando os gols da vitória rubro-negra diante do Itabuna no Baianão de 2003. (Créditos: A Tarde)

Em 2003 os gols se tornaram frequentes. O destaque veio ao balançar as redes tanto na Copa do Nordeste quanto no Campeonato Baiano. Naquele ano, o torneio regional era disputada em datas alternativas, pois não havia suporte da CBF. Ou seja, o ritmo se tornava intenso, jogos a cada um, dois ou três dias no máximo. Mesmo assim, seus gols continuavam a acontecer com tanta frequência quanto os jogos. Diante do Sergipe dois tentos numa goleada em 4 a 0, e dois dias depois três num BaVi em que o Leão venceu de virada por 3 a 2.

Paralelo a isso, havia a Copa do Brasil. Eram praticamente três jogos por semana. A coroação não demorou. Em 21 de março o Vitória conquistou a Copa do Nordeste diante do Fluminense de Feira, num 0 a 0. Nadson havia marcado pro rubro-negro na ida que resultou em 1 a 1. Após o tricampeonato, outros jogos marcantes aconteceriam. Em abril, o Leão da Barra impôs um memorável 7 a 2 ao Palmeiras no velho Parque Antártica, com quatro gols seus.

Marcado por dois adversários na histórica goleada em 7 a 2 no Palmeiras. Quatro gols foram seus.

Com a glória da artilharia nos diversos campeonatos em que disputou naquele primeiro semestre de 2003, Nadson despontava até mesmo no Brasileirão. Até junho estava como o artilheiro do certame com dez gols, mas chamou a atenção do time sul-coreano Samsung Blue Wings que ofereceu ao Vitória US$ 3 milhões. Ainda no país asiático, seus gols ainda se transformaram em ativos do clube. A cada tento marcado pelo time do Samsnung, o Vitória faturava uma quantia de US$ 15 mil. A negociação inusitada, rendeu bons frutos ao Vitória, e o atleta de fato comprovara-se o Nadgol que a torcida tanto conclamava.

Marcou oito gols na sua segunda passagem pelo clube, em 2009. (Créditos: globoesporte.com)

Em 2009, ele enfim retornou a Toca do Leão. Agora proveniente do time japonês Vegalta Sendai tinha ao seu lado Neto Baiano. Marcara desta vez oito gols no ataque rubro-negro e conquistou mais uma vez o Campeonato Baiano. Após o título transferiu-se para o Bahia, onde disputou a Série B daquele ano e encerrou a carreira por volta de 2013 vestindo a camisa do Lagarto, de Sergipe. Ao todo foram 39 gols vestindo o manto vermelho e preto em suas duas passagens.


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