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Réveillon rubro-negro: Vitória conquistou título baiano no primeiro dia do ano em 1956

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O Campeonato Baiano por muito tempo foi uma das competições mais disputadas do futebol brasileiro. Apesar de figurar bastante com outras equipes, o torneio estadual ganhou forma na disputa da dupla BaVi especialmente a partir da década de 1950, onde apenas o Ypiranga furou a bolha dos dois clubes (em 1951). Nos demais anos, as conquistas ficaram divididas, já que em 1953, o Leão deu início a sua era de clube profissional para o futebol.

Os frutos disso foram colhidos com o título baiano daquele ano em cima do Botafogo-BA, que também acabou sendo o vice-campeão em 1954, desta vez, perdendo o Bahia. Em 1955, enfim, rubro-negros e tricolores estavam no mesmo páreo pela conquista. A única final entre os dois clubes havia acontecido em 1947, em um jogo único, em que o Bahia levou a melhor. Já em 1955, não ocorreu apenas uma finalíssima e sim três.

Rubro-negros e tricolores fizeram a segunda final entre ambos na disputa do título de 1955. (Foto: Sport Illustrado)

No dia 18 de dezembro daquele ano, o reencontro das duas equipes em uma final foi marcado por uma goleada. Zingoni balançou a rede duas vezes e Alencar uma, firmando um 3 a 0 para o Vitória diante do Bahia, na Fonte Nova. O Rubro-Negro poderia ter dado um grande presente de Natal para sua torcida, mas não foi o que aconteceu. No segundo jogo, o Bahia venceu por 2 a 1, com gol de honra do atacante Vermelho para o Leão.

Uma terceira final foi marcada para o dia 01 de janeiro. Na semana que antecedeu o jogo ainda foi documentado um fato inusitado: o árbitro escalado para a partida acusou um ex-presidente do Vitória de ter lhe subornado para marcar os lances honestamente. Mesmo com a agitação nos bastidores, o Bahia entrou em campo comemorando seus 25 anos e ambas as equipes se encontraram novamente na Fonte Nova, sedentas pela taça. E foi sob os olhares de Zuza Ferreira (responsável por trazer o futebol para o estado), que o Decano se impôs diante de seu maior rival.

Gol de Aduce que abriu o placar para o Vitória na finalíssima. (Foto: Sport Illlustrado)

Com ambos os times agitados pela gana de vencer, o Vitória saiu na frente com gol do atacante Aduce em uma partida de pouca técnica e muita garra. Depois, o Bahia empatou com Tonho. Mas o Leão da Barra seguiu estabelecendo seu domínio em campo e foi balançando as redes com Alencar e Aduce em mais uma oportunidade. No segundo tempo, foi novamente Aduce quem ampliou. Benê e Carlito ainda descontaram para o Bahia, mas mesmo com a reação do rival, o Decano não se abalou e levou o 4 a 3 no placar até o momento final, garantindo o 4° Campeonato Baiano de sua história.

“Outro não poderia ser o desfecho do campeonato, pois desde os primeiros jogos o rubro-negro baiano demonstrou maiores possibilidades apesar de fraquejar um pouco em meio a disputa do segundo turno, para, nos jogos finais, impor-se decisivamente. Em consequência, foi justo o título conquistado”, escreveu o jornal Sport Illustrado, que ainda destacou que com aquela conquista, o Vitória fechava a temporada de 1955 com 14 títulos. No fim das contas, encerramento de um ano e abertura de outro, e garantia de título no Réveillon mais rubro-negro da história.

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