Início Colunas Memórias do Leão Rosicleide… a torcedora símbolo

Rosicleide… a torcedora símbolo

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O imaginário do futebol brasileiro é repleto de mitos e personagens. Além do escrete formado pelos 11 jogadores, fora dos gramados a magia também acontece por conta da massa de torcedores que compõe a arquibancada. Entre eles se destacam os mais folclóricos. Ao longo da história o Vitória teve torcedores símbolos ligados à vida urbana, aos misticismo religioso ou até mesmo da simbologia.

Este é o caso de ninguém menos que Rosicleide de Jesus Aquino. Nascida em Salvador no dia 07 de fevereiro de 1958, ela se tornou uma das maiores referências de arquibancada rubro-negra. Criada em um reduto de tricolores fanáticos, frequentou os jogos escondida por muito tempo até os anos 90, quando foi um dos nomes que encabeçavam a popular Leões da Fiel.

Rosicleide ficou marcada em 1993, ano da campanha de finalista do Vitória no Campeonato Brasileiro, por junto com outras torcedoras, pintar o rosto com as cores e o escudo do clube. A ‘Geração Caras Pintadas’ empolgou junto com o time que ficou conhecido como ‘Brinquedo Assassino’. O campeonato passou, mas o costume de pintar o rosto permaneceu e Rosicleide seguiu fazendo o ritual nos jogos, acompanhada de outros adereços que ficaram populares em suas mãos.

Em 1993, Rosicleide e sua turma popularizou o termo ‘Geração Caras Pintadas’ no meio dos rubro-negros. (Foto: Correio)

Na companhia do também popular Alvinho ‘Barriga Mole’, conhecido por empunhar um Padre Cícero no estádio, ela passou a levar consigo nos anos 90, a estátua de um leão nas cores vermelha e preta, a ponto da simbologia virar sua marca própria. Mais tarde, na década de 2000, Rosicleide aderiu a uma nova peça na sua indumentária. Uma luva de boxe com o escudo rubro-negro, fazendo-se tão fácil sua identificação pelo cimento do Manoel Barradas.

Em 1996, Rosicleide aparecia com o seu Leão vermelho e preto na arquibancada. (Foto: Placar)

E não foram poucas as vezes que ela fez caso para estar lá. Como dito, ela conviveu com familiares tricolores dos quais se escondeu boa parte da vida na arquibancada do Leão da Barra. Já sob sua própria tutela, fugiu até mesmo de hospitais para ver um clássico BaVi e também a final da Copa do Brasil de 2010. Rosicleide Aquino completa hoje seus 64 anos e é um nome na história a ser cultuado. Em breve sua narrativa de vida estará no meu livro Memórias do Esporte Clube Vitória, onde ela contou e revelou os fatos de sua grandiosa jornada como rubro-negra.


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