Os torcedores do Vitória estão acompanhando e vivenciando algo que a muito tempo deveria ter acontecido. Tardou, mas esperamos não falhar: os primeiros passos para a tão sonhada democratização no Vitória. Para isso, temos o Estatuto.

Porém, sabemos como são calorosas as discussões quando se trata de “presidência”, “comando”, seja de um país ou de um clube. Nos concentrando no Esporte Clube Vitória, existem dois pólos teoricamente distintos mas que dizem defender a democratização dentro do clube (sim, vive-se quase um império lá dentro, onde o imperador sai, mas deixa um pupilo para continuar sua dinastia, quase que perpetuando o poder para uma família só). Como podemos diferenciar? Qual lado escolher? Quem realmente está querendo a abertura do clube aos torcedores?

De um lado temos a SITUAÇÃO. Por quem é representada? Pelos atuais diretores do clube, bem como muitos conselheiros que apoiam a atual gestão. Tal gestão que está à frente do clube a 10 anos, quando em seu início prometeu abrir o clube e fez o contrário: fechar ainda mais e torná-lo inacessível o máximo que pudesse, assim evitaria a “entrada de aventureiros” no clube.

Referente à ultima reunião, alegam que nem todos os pontos da pauta foram discutidos, onde tinha mais de 90 propostas a serem expostas. Por isso o ataque ao Conselho Deliberativo e até a tentativa de cancelar a AGE alegando que a mesma estaria sendo conduzida de forma um tanto quanto “desrespeitosa”. Inclusive, conselheiros divulgaram uma carta onde apontavam irregularidades na convocação da AGE, ao final com assinatura de sócios e conselheiros, o que foi desmentido por alguns. E com isso, a Assembleia deveria ser cancelada, já que não respeitou o atual estatuto.

A situação alega que, a oposição, juntamente com o Conselho Deliberativo (em especial o presidente e vice, deputado federal José Rocha e o ex-vereador Silvoney Salles) querem transformar o Vitória em “trampolim político”, um verdadeiro “cabide de empregos”.

De algo concreto que eles defendem:

  • a eleição direta para presidente do clube, com direito a reeleição;
  • a eleição do Conselho Deliberativo em que, a chapa vencedora tem direito a 200 vagas diretas e as restantes serão distribuídas proporcionais à sua votação (podem ter mais 200 vagas no Conselho);
  • para votar, o sócio deve ter no mínimo 18 meses de adesão (um ano e meio) ininterrupto. Para ser votado (e com isso, se candidatar), deve ter 60 meses (cinco anos) de adesão.

Do outro lado temos a OPOSIÇÃO. Por quem é representada? Por alguns atuais e ex-conselheiros contrários à atual gestão, torcedores e sócios de diversos movimentos oposicionistas e ex-presidentes e dirigentes do Vitória. Sempre aparecem para debater e culpar a gestão por qualquer coisa que a atual gestão falhe, principalmente quando a fase não é boa, onde por mais que os argumentos estejam coerentes, sempre soa como “se aproveitando da situação”.

Na última reunião, que definiu quando ocorreria a AGE (20), ficou acordado que todas as definições seriam levados para a Assembleia e, se só três pontos foram debatidos, deve ser levados sim. Inclusive, na reunião, os oposicionistas perderam em dois dos três tópicos (eleição do Conselho e carência de votação). Grupos que se intitulam oposição, além destes tópicos, defendem a profissionalização da gestão esportiva e administrativa e transparência nas ações e prestações de contas. Esses serão alguns tópicos que serão levados para a AGE, que foi confirmada  apesar da tentativa do grupo da situação tentar barrar, criticando o Conselho Deliberativo. Conselho este que foi defendido pelos grupos opositores através de uma carta também.

O que eles diferem do grupo situacionista:

  • a eleição direta para presidente do clube, com direito a reeleição;
  • a eleição do Conselho Deliberativo em que, a chapa vencedora tem direito a 200 vagas diretas e as restantes serão distribuídas proporcionais entre as outras chapas relacionados à sua votação (assim, o número máximo será de 350 membros);
  • para votar, o sócio deve ter no mínimo 18 meses de adesão (um ano e meio) ininterrupto. Para ser votado (e com isso, se candidatar), deve ter 36 meses (três anos) de adesão.

Agora vocês sabem um pouco do que cada grupo pensa e quer para o Vitória. É bem pouco mesmo, pois o restante, só comparecendo à AGE, que será realizada no domingo (20), a partir das 9h no Lounge Premium da Arena Fonte Nova.

É de fundamental importância o comparecimento do torcedor que é associado, acompanhar o processo e entender melhor o que cada um pensa e quer o Vitória daqui pra frente. Analisar todas as ideias propostas e escolher um lado: o lado que faça o Vitória crescer.


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