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Semana de BaVi não é assim…

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Bahia 2 x 4 Vitória - Campeonato Baiano de 1997 - Foto: Reprodução

Difícil explicar para quem não convive no reduto do futebol qual é o verdadeiro sentimento em respirar o ar da bola em semana de um clássico. Principalmente quando falamos de Bavi, pois indiscutivelmente o embate envolvendo a dupla Bahia e Vitória é um dos mais emblemáticos do futebol nacional.

Em semana de clássico, para o torcedor, não importa qual é a competição. O importante mesmo é que de um lado teremos jogadores vestidos de azul, vermelho e branco e do outro lado os leoninos vestidos de vermelho e preto.

Trazendo para o nosso lado, o reduto rubro-negro, a semana já começou no último sábado (5) quando vencemos o Feirense por 2 x 0. Nas bancadas já pude escutar as reclamações pela desconfiança no lateral direito Maicon Silva que, inclusive, saiu lesionado e tem grandes chances de não entrar em campo no próximo domingo (13). Outra preocupação é sobre quem será o arqueiro do time da toca, já que Fernando Miguel também é duvida. A falha bisonha que por pouco não faz o jovem Wallace levar um frango histórico no Barradão deixou o torcedor com a pulga atrás da orelha.

Há quem comemore o fato de Hernane, pelo lado do rival baiano, já ser confirmado como carta fora do baralho, após sofrer lesão no último domingo (06) e deve ficar, aproximadamente, três meses de molho. Na verdade, colocando os dois elencos na balança não consigo um time para jogar no baba do Arena Rubro-Negra. Qual seria o estímulo da torcida em sair de casa para prestigiar uma partida de futebol em plena tarde de domingo? A marca BaVi, e só!

Até vontade de ganhar o clássico ambas diretorias não conseguem mais estimular na torcida. O Vitória cogita poupar jogadores que não estão com 100% da forma física e o Bahia também tende a seguir pelo mesmo caminho, já que estão com a classificação garantida e o intuito seria entrar com todo gás na próxima fase. Não creio que seja estratégia para esconder o time. Ninguém se importa com o torcedor e com a rivalidade que carrega o clássico.

Saudades o torcedor deve ter é da época em que jogador entrava em campo praticamente se arrastando, com suspeita de lesão ou mesmo em fase de recuperação. Isso com a garantia de poder resolver em uma simples bola parada ou na raça mesmo. Só para lembrar, em tempos que o DM é a principal pauta discutida na semana que ambienta o confronto maior do futebol baiano, não temos ninguém com essas características.

Creio que a mobilização principal para o BaVi deste final de semana é apenas a vontade de vestir o manto rubro-negro e torcer. Mas como isso já fazemos até em disputa de par ou ímpar, chegou a hora de pegarmos a nossa bandeira, vestirmos a nossa camisa e torcer por mais um resultado favorável dentro e fora de campo na história dos BaVis.

Caro torcedor, esta coluna é a sua casa. Caso queira manifestar para outros torcedores a sua opinião, texto, artigo ou crítica, mande o seu Papo de Torcedor para [email protected]. Teremos o prazer de divulgar!


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2 COMMENTS

  1. Bem, eu acho que é ótima oportunidade pra mostrar para o Brasil que somos muito criativo$. BA-VI é Clássico, tradicional: um campeonato à parte.Eu prefiro assistir ao ECB ser novamente campeão baiano a perder todos os confrontos com eles. Quem disse que resultado não é uma espécie de título? Meio a zero é goleada: eles carregam o nome e as cores do nosso Estado, e nós o vermelho sangue de quem pra ajudar o Hemoba tirou o rubro da própria camisa.E temos uma cor exclusiva a cor negra, somos a cidade com mais afrodescendentes fora da África e se o tricolor Baiano Gilberto Gil colocou no nome da própria filha de Preta, porque não fazemos como Rainha Máercury e exaltados a nossa descendência como a fez com o excelente clipe oficial Pérola Negra? Pelé é um exemplo desta preciosidade, e Ronaldinho Gaúcho é outro no futebol: quando se tem orgulho do que tentam Discriminar, nem o fato de sermos (através da alusão às raízes do Novo Uniforme 3 do Vitória: da Bahia e do Brasil!) considerados os leões holandeses da Bahia, por termos uma sina, que com Fé em Nossa Sra.da Vitória e em Santo Expedito vai acabar, que é a de por 3 vezes, como a Laranja Mecânica da Holanda em Copas do Mundo (74, 78 e 2010) e a gente em campeonatos do Brasil, decididos com “mata-mata”, ter chegado muito perto por três vezes a quase conquistar um título nacional: Brasileirão Série B 92, Campeonato Brasileiro Primeira Divisão 1993 e COPA DO BRASIL em 2010. Podem falar que nosso Barradão é lixo, quando se ter um estádio próprio pra jogar no seu Estado hoje é Luxo, e vamos como aquele excelente clipe: “Vai na Fé” do vitoriano Edcity, provar que luta, sem tanta ajuda, tanto bate até que perfura. 😉