Na máquina de moer trabalhos do futebol brasileiro, a competência dos atacantes é a força motriz. Ela é capaz de transformar trabalhos ruins em ótimos e trabalhos bons em péssimos. Indo para a realidade do Vitória: boa fase em ruim.
Mancini assumiu o Vitória com uma ideia muito clara de jogo: futebol reativo com foco na transição ofensiva. Tanto que optou por jogadores mais ágeis no time.
A estratégia deu certo nos três primeiros jogos. O time suportou bem a pressão e teve competência para concluir as poucas chances que teve. Com exceção da partida contra o Cruzeiro, o Vitória teve 8 finalizações certas e marcou cinco gols.
Só que contra o Avaí, foi justamente a competência que atrapalhou a sequência: o Vitória finalizou oito vezes, mas não marcou. Somente Neilton teve quatro boas chances, mas isolou.
Por outro lado, o Avaí acertou somente uma finalização e foi preciso. Willians Santana acertou um belo lançamento para Junior Dutra fazer um facão entre Juninho e Bruno Bispo. O camisa 9 passou por Fernando Miguel e marcou.
Em um jogo entre times reativos, aquele que marca geralmente sai vencedor. O resultado é lógico que foi ruim, mas deixa a sensação que o trabalho tem um norte: modelo de jogo bem definido. Só que será preciso competência para o Vitória consiga os 26 pontos.
