Nos últimos anos, o Vitória se notabilizou por ser um time de futebol direto. Pouca bola no chão e muitos lançamentos buscando as pontas do campo. O “Toca pra Marinho” foi um exemplo claro disso.
Após uma recuperação no Brasileiro baseada no jogo reativo, Mancini alterou a proposta de jogo para o primeiro semestre. Muito pela necessidade de propor o jogo diante de adversários tecnicamente mais fracos. A rigor, o único grande teste antes do Campeonato Brasileiro é o Bahia.
O time vem assimilando os conceitos do jogo apoiado. Triangulações pelo chão buscando a progressão. Abrindo espaços em defesas fechadas.
Quando o time adversário dificulta isso, a alternativa encontrada são as viradas de bola feitas por Correia e por Yago, quando faz a função de volante. A intenção dos lançamentos são de tirar a bola num setor de muita pressão e quase são encontra o extremo no 1 x 1 contra o lateral oposto.
E quando o time adversário dificulta o jogo apoiado? O Corumbaense veio ao Barradão com a proposta de jogo clara: buscar superioridade numérica pelos lados na ação defensiva e explorar os contra-ataques. Buscar um gol e fechar até com o presidente na linha de defesa.
Quase deu certo. O Vitória teve muita dificuldade para criar com a bola no chão. Num espaço com três rubro-negros, tinham cinco jogadores do Corumbaense. O rubro-negro precisava acelerar o passe para achar espaço, mas não conseguia.
O Corumbaense conseguiu chegar ao gol rubro-negro após uma falta lateral. Dois escanteios, inclusive um com André Lima salvando o Vitória após uma falha de Fernando Miguel, o time do Mato Grosso do Sul se descuidou da defesa. Permitiu um contra-ataque bem armado pelo rubro-negro e o primeiro gol feito por Yago.
O tento foi suficiente para mudar o jogo. O Vitória passou a ter a bola e o time do Corumbaense se perdeu na marcação. Começou a buscar o encaixe.
Com mais espaços e vantagem no placar, o rubro-negro mandou no segundo tempo. Marcou dois gols e poderia ter feito mais.
O Vitória ainda apresenta dificuldade para transição defensiva e na saída de bola principalmente pela dificuldade de Fernando Miguel, mas evolui na nova proposta.
