Não houve alteração nos nomes. O time foi rigorosamente o mesmo, que empatou com o Bahia de Feira por 0 a 0, no último domingo. Só que o desenho tático mudou, a equipe perdeu os pontos positivos do último jogo e piorou consideravelmente outros.
Variação na pré-temporada é normal, mas tem um limite de aceitação. Com quatro jogos, dois oficiais e dois não-oficiais, além dos dois jogos, o mínimo que o time teria que ter eram características do técnico, mas no jogo contra o Confiança, pouco se viu do novo time de Drubscky.
Buscando maior equilíbrio e povoar mais o meio de campo, Drubscky fez o time variar de 4-2-3-1 para um 4-4-1-1 com o recuo dos meias Escudero e Vander. O time do Confiança, jogando em casa, não se intimidou e veio com um 4-3-3 explorando as lacunas deixadas pelos laterais do Vitória. A marcação pressão do time sergipano foi mais efetiva do que do Leão.
Se, no jogo de domingo, a boa saída de bola e a compactação defensiva foi elogiável, no jogo de quarta, foi deprimente. Os zagueiros foram deixados constantemente com a responsabilidade de sair com a bola e de cobrir as subidas dos laterais. Além dos problemas defensivos, o Vitória sofreu para criar. Fruto da lentidão do meio de campo.
Sem a bola, Vander não era acionado. Jorge Wagner e Escudero tentavam levar a bola até Neto Baiano, mas as melhores chances foram de bola parada. A expulsão do camisa 10 rubro-negro foi acertada. Um carrinho frontal é passível de cartão amarelo, como já tinha, era para vermelho. Por incrível que pareça, o time melhorou. Passou a marcar melhor e a bola chegava para Neto com mais facilidade.
No segundo tempo, o panorama não se alterou. O Vitória seguiu na mesma do final do primeiro tempo, marcava com duas linhas de quatro e puxava com contra-ataque com passes longos buscando Neto. O Confiança esperava o rubro-negro para atacar nas costas dos laterais. E num falta, o jogo foi decidido.
Se por um lado, o desgaste físico é imenso, a vantagem de se jogar domingo e quarta é chance de recuperação rápida. E o Vitória poderá se recuperar nas duas competições (Campeonato Baiano e Copa do Nordeste) contra o mesmo adversário: Serrano, de Rucardo Silva e Bida. Tomara que Drubscky consiga ajustar o time.
NOTAS
VITÓRIA: Fernando Miguel (4,5); Nino Paraíba (4), Ednei (5), Kadu (4,5) e Mansur (4,5); Amaral (5), José Welison (5), Vander (4,5) (Euller (4,5)), Escudero (4) (Rogério (sem nota)) e Jorge Wagner (3,5); Neto Baiano (5,5) (Leílson (sem nota)). Técnico: Ricardo Drubscky (5)