Quando o árbitro Marcelo de Lima Henrique apitou pela última vez no estádio Heriberto Hülse, o técnico do Vitória Jorginho respirou aliviado. Além de ganhar três pontos na tabela para o rubro-negra, havia conquistado mais uma semana de trabalho no comando do Leão. Caso tivesse perdido o jogo, certamente estaria demitido do comando técnico do time baiano.
Mais uma vez, o Vitória apresentou os mesmos erros. O time não consegue trabalhar a bola no setor de meio-de-campo e a transição para o ataque é feita de forma desordenada. Jogar de forma direta pode ser utilizada por qualquer equipe do mundo, de que seja feita de organizada. Mesmo com um jogador a mais durante boa parte do jogo, o rubro-negro não conseguiu ser contundente ao ponto de incomodar o goleiro Luiz, nem manter a posse de bola, muito menos utilizar um recurso simples e muito útil quando se tem superioridade numérica: as viradas de bola.
No plano tático, houve pouca variações. Para ter Marcinho em campo, o técnico Jorginho poupou o meia ainda sem totais condições fisicas do combate, sacrificando o atacante Caio na marcação pelo lado direito. Pela esquerda, utilizou Richarlyson com um “assistente direto” de Euller, cobrindo a subida e ajudando no combate ao lateral Eduardo. Pelo meio, fixou Adriano na entrada da área para impedir a penetração na área rubro-negro por meio dos passes curtos entre os meias catarinenses.
Apesar dos três pontos, o time pouco evoluiu. Para se manter na série A sem sufoco é preciso acertar muitos pontos e os jogadores que ainda não estrearam podem ajudar. Contra o Grêmio, o Vitória encontrará uma equipe mais forte do que o Criciúma e será preciso mais do que marcar atrás da linha da bola e esperar que uma bola resolva.