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Da altivez à insensatez

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Estimados leitores, boa tarde. Após duas partidas com apresentações que destoaram e nos mostraram mais uma vez o Vitória que temos, podemos dizer algo?! Sempre que jogamos fora de casa e temos a impressão de que poderemos vencer determinados adversários, acabamos tendo resultados contrários. Por que isso acontece?! A síndrome de visitante bondoso precisa acabar.

Série B é guerra! E para vencer nessa guerra, é necessário que haja aplicação irrestrita de seus combatentes. Em nosso caso, o Leão pode ter mesmo, um dos melhores elencos dentre a maioria dos concorrentes, mas já ficou provado que isso até agora não significa absolutamente nada.

Bastou um novo tropeço para que o momento “tranquilo” que pairava a Toca, desse lugar mais uma vez para a desconfiança e a preocupação. De sexto para décimo. Antes eram 3 pontos que nos separavam do G4 e agora essa é a pontuação que nos mantém fora do Z4. Mesmo tendo mudado um pouco a sua postura de jogo, isso ainda é insignificante, para quem realmente quer conquistar algo nesta competição que se desenrola.

Foi uma disputa acirrada nos primeiros minutos, mas que depois caíram por terra, tão qual o time, que não soube marcar, deixando que o adversário fizesse o que era necessário para manter o 2×1, mesmo com uma certa tentativa de pressão Rubro-Negra nos momentos finais do jogo.

Na partida de ontem, o treinador Benazzi errou ao escalar Léo Fortunato (aquele que “desabafou” após seu gol, num ato deplorável), o grande zagueiro que temos falhou e deveria ter vindo à público para engolir a seco, tudo o que disse na semana passada. O goleiro Fernando também errou em suas tentativas de defesa (não saiu bem em boa parte delas). Esses não foram os únicos erros. Na volta do segundo período, Benazzi fez as substituições que eram necessárias, mas se equivocou ao sacar Esdras do time, deixando Uelliton. Fábio Santos deveria ter entrado na disputa, logo no início do referido tempo. A única coisa certa foi tirar Lúcio Flávio e colocar Geraldo, que mais uma vez, deu outra dinâmica ao grupo. Mas é muito pouco. Não podemos viver de lampejos.

Continua faltando garra, espírito de luta em quase todos os compromissos. Quando se vence goleando, muitos tem a impressão de que a equipe irá deslanchar, mas basta sair de casa ou pegar uma equipe de menor expressão, independente de onde seja, que o time se apequena. É dessa forma, que os jogadores e a Diretoria querem a torcida comparecendo ao estádio?! Qual a grande certeza que temos hoje em afirmar que iremos mesmo subir?!

Vamos concluir o primeiro turno, e até o fim dele, não figuraremos entre os 4 primeiros. Isso é ou não uma prova de que falta de planejamento e ousadia, podem sim, comprometer a meta principal do Vitória em 2011? O tempo é injusto, continua passando e só os mais preparados conseguirão obter êxitos ao fim de novembro. O Rubro-Negro ruma semana após semana da altivez à insensatez.


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1 COMMENT

  1. Caro Carlos,

    Concordo que o Vitória mesmo melhorando ainda transita da altivez à insensatez. Mas acho que nós devemos identificar o que melhorou e o que não para que as nossas criticas sejam mais consistentes. O que melhorou foi “pegar” o clima da Segundona e essa foi uma conquista dessas duas semanas. Isso tem se refletido na maior combatividade de alguns atletas, na luta até o fim de todo o elenco, no respeito e seriedade aos adversários e num ambiente emais arejado dos jogadores.
    Mas o que não melhorou? O principal problema é que o elenco é o mesmso que havia sido montado ninguém sabe pra qual divisão. Faltam zagueiros que antecipem, treinem bolas cruzadas rebatendo pro espaço, e colem nos centro avantes. Faltam volantes que marquem pois, tirando Zé Luiz,o resto precisa voltar pra escolinha pra aprender a marcar os adversários. Falta ainda dois meias (pois os atuais ainda não entraram no clima, embora Giovanni tenha melhorado), e precisa de mais um centro avante. Mas Benazzi não é maluco e sabe que não dá pra chegar de vez um novo caminhão de jogadores. Essa mudança terá que ser feita aos poucos. Enquanto isso a diretoria continua a mesma em clima de sucessão. Portela continua em sua torre de marfim e, na semana que cuida do time esse melhora, porém quando vai cuidar de suas empresas o time cai de novo.

    As perguntas que não querem calar são as seguintes: Conseguirá Alex empurrar a crise com a barriga até o fim do ano? Conseguirá Benazzi fazer essa transição perdendo o mínimo possível de pontos e acertando nas contratações? É disso que depende a classificação do Vitória.