Dentre os grandes anos da história rubro-negra, 1979 está entre um dos períodos que jamais será esquecido. Este não foi somente o ano do aniversário de oito décadas do Decano, e tampouco se resumiu ao frango do goleiro Gelson na final do Campeonato Baiano. Com um dos elencos mais firmados de sua história, o Leão fez neste final da década de 70, uma de suas melhores participações no Campeonato Brasileiro da era de mata-mata.
Com um time basicamente igual ao que impôs um favoritismo no Baianão, com nomes como Sena, Sivaldo, Xaxa e o próprio Gelson, o Vitória, que estava sob a batuta do técnico Aymoré Moreira (campeão mundial de 1962 com a Seleção Brasileira), se reergueu da perda do título baiano daquele ano para dar início a sua segunda melhor apresentação em um Brasileirão até então.
Em um grupo com outros nove clubes, o Leão passou em 7° (oito se classificavam). Isso porque o dever de casa foi feito logo no início do campeonato. Nos três primeiros jogos, dois empates com o Nacional-AM e Vila Nova-GO e uma vitória por 2 a 1 sobre o Bahia. Em seguida, uma derrota para o Cruzeiro e um empate com o Remo, até chegar no seu melhor jogo daquela primeira fase.
Na Fonte Nova, o Vitória recebeu o Ceará para um jogo que poderia ser bastante importante para garantir a classificação. E assim foi! Comandado por Sena e Pita no ataque, o anfitrião rubro-negro se lançou muito mais ao campo ofensivo e conseguiu marcar quatro vezes. Isso depois do Ceará abrir o placar no velho Octávio Mangabeira e o atacante Sena desperdiçar um pênalti. No entanto, o dia era dele, e a virada veio primeiro pelas investidas de Pita, que fizeram a bola sobrar para o artilheiro, que marcou de cabeça e com o pé, para decretar o 4 a 1 e uma posição privilegiada na tabela.
Nos jogos seguintes, o Vitória relaxou diante de adversários como Vila Nova e Goiás, mas sua classificação já estava garantida para a segunda fase. Dali em diante, o Leão só pararia sua temporada na terceira fase da competição, ficando na 8° colocação geral do campeonato. A goleada no fim das contas, lavou a alma de muitos rubro-negros que haviam visto no início do década, os cearenses ganharem de 7 a 2 na Bahia, em um jogo amistoso. E desde essa década, cearenses e baianos nunca mais se olharam da mesma forma no campo de jogo.
