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Eu sou um guerreiro que sozinho mato mil

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Desde à noite de domingo (16), o vídeos dos jogadores do Vitória coreografando um dos cânticos da arquibancada após a vitória sobre o Paysandu circulam por redes sociais, reportagens de TV e aplicativos de mensagem Brasil afora.

O show dos mais de 26 mil presentes no Barradão contagiou o gramado e levou o Leão à sua terceira vitória seguida na Série C, determinando o status de campanha de recuperação e devolvendo a esperança de classificação à segunda fase da competição.

Evidente que um time que embala resultados positivos consegue atrair maior público para o próximo jogo. Mas o que se vê nas arquibancadas do Manoel Barradas vai além da empolgação em cima de números: toca no que há de mais verdadeiro na paixão de um torcedor que está cansado, maltratado, desiludido, mas ciente de que o time precisa dele.

Não querendo minimizar, é claro, a entrega dos jogadores e a inquestionável mudança de postura dentro de campo, comandada pelo prata da casa João Burse. Isso é um p*ta de um bônus que surgiu na hora certa. É que o torcedor do Vitória abraçou o clube de uma forma tão leal que criou um ambiente onde o jogo, em si, é apenas um (importantíssimo) complemento.

Basta lembrar que há poucas rodadas o rubro-negro brigava contra o rebaixamento. E lá estava o torcedor. Três, cinco ou trinta mil. Há um consenso de que o Barradão é um lugar aprazível para fazer um churrasco e tomar uma cerveja com os amigos. Sim, tem muito torcedor que coloca a situação do time em segundo plano e vai viver o que o clube tem a proporcionar: os encontros com os amigos que compartilham da paixão inesgotável de ser rubro-negro.

E é isso, a despeito de dirigentes oportunistas, essa torcida tem levado o Vitória nas costas. E cá pra nós, tem muita gente que se incomoda com a nossa existência. Que está mordendo as costas com a nossa resistência. E que simplesmente vai a loucura quando lotamos o Santuário em uma campanha de recuperação na Série C do Campeonato Brasileiro.

Deixemos que se afoguem! Enquanto houver um de nós, estaremos honrando o nosso hino quando diz que “estamos contigo em qualquer lugar”. E de quebra estamos fazendo valer o grito de guerra do vídeo que desde domingo não cansamos de ouvir: eu sou um guerreiro que sozinho mato mil!


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